- Eu odeio você e suas fotos e seus dedinhos assim,não tão miudos,como eu odeio em preto e branco e em sépia. Contrastes,à luz de velas,odeio odeio odeio. E a música com vozes que eu não conheço. Odeio seus sapatos e as suas roupas cheirando a mofo no guarda roupa. Odeio seus cabelos e olhos e boca,o seu corpo inteiro,da cabeça ao dedinho do pé com unhas pequenas. Da envergadura,de um braço ao outro,do champu ao creme que vão em você. Odeio suas palavras em letra impressa,em letra bastão ou de mão. Odeio as palavras que saem da sua boca,porque só saem,sem nenhuma entonação e dicção. E quando passa o cheiro do seu perfume assim,quando menos espero e odeio ter que lembrar de alguma coisa a respeito. Odeio olhar pela janela do ônibus e pensar que alguma pessoa ali poderia ser você. Mas eu não me odeio por odiar-te sublime e brancamente. Odiar .
- Não sei se odeio a mim,na verdade,com um amor incondicional e tolerante. E escondo tudo de branco nas artérias negras,do sangue sendo pulsado desde o momento que meus olhos se abrem até o momento que eles se fecham.
Um comentário:
Minha Cara,
seus textos estão mais encorpados, mais maduros, com a criatividade a flor da pele. Tenho orgulho de alguma forma estar presente em sua vida. Mesmo por e-distancia.
Parábens.
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