terça-feira, 30 de outubro de 2007

Não sei,mas eu sinto uma coisa tão boa em mim.
E eu me fecho às vezes,um as vezes sempre,e me armo e aborreço e desperto.
A vida é. Cheia de perdas e ganhos,pessoas que vem e que vão.
Pensamentos diluídos.Passeios interessantes. O pôr do sol que é maravilhoso.
Libélulas,grilo,terra,grama.
A sombra dos pinheiros.
O som da estrada...
sim.
Isso é vida.
E os pormenores são complementos,aprendizagens.
Não deixam de ser vida.
Sofrimento sim...mas quem não sofre para crescer?
Quem disse que tudo ia ser as mil maravilhas?
Se for,ótimo. Paciência,caso não seja.
E é isso que torna tão especial esta experiência tão enigmática.
E sei também,ou não sei nada..mas deduzo e sinto que nada nos pertence.
Nem minha vida me pertence. Um sentimento ou pessoa então muito menos.
Isso é estranho.
Tudo é estranho.
A palavra estranho já me é estranha!
Caso eu não venha a ver isso. Saiba que eu também sinto uma estranheza em im.No momento é boa. E estou postando em equilíbrio. Não houve extremos hoje. E eu sou tão extrema mesmo,tão intensa.Ou é ou não é. O é E não é,seria um equilibro.
Aliás,o que interessa?
Vivi e ainda nem sei o que é isso.
mas..." se falo na natureza nao é porque eu saiba o que ela é,
mas porque a amo
e amo por isso
porque quem ama,não sabe o que ama
nem sabe porque ama,nem o que é amar
amar é a eterna inocência
e a única inocência não pensar" [Alberto Caeiro]



Disponha!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Aprofunda . . . afunda

Quero que conheça o meu lado
lado avesso
inverso,odioso
eu quero conhecer a mim
o eu cru
o eu quieto
profundo e quase desperto
qua-se desperto.
...uma fagulha;
um ninho de al-gu-ma coisa (al gu ma coisa)
Eu sou também o lado avesso
escuro troncoso
quem sabe: jubiloso
eu quero conhecer a mim
o eu que não sei
o eu que não conheço
ou que conheço demais
e que nada sei.
E sei quero mais
e mais e mais e mais
e ...
....mais
até que vá embora
e sacie.
Apenas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Surreal agradecimento

Obrigada pelos momentos felizes.
Pela saudade sentida quando estava ausente.
Pela falta que faz e fazia .
Obrigada pelos sonhos que nunca acontecerão
pelos sonhos que acreditamos
pelos sonhos mais bonitos e ingênuos
pelos sonhos que sustentaram tudo
Obrigada pela realidade que destruiu um sonho
Obrigada por cuidar de mim
Obrigada pelos beijos e carinhos
Pelas ligações não atentidas
pelas mensagens curtas e compridas
Obrigada pelas palavras de uma carta
por um perfume inesquecível
por um sorriso que me alegra
Obrigada pela lágrima derramada quando parti
Obrigada pela lágrima salgada que senti
O sabor que guardei
do corpo do beijo do cheiro
Obrigada pelo silêncio na noite
e a respiração ofegante
a mão macia
a sombra do rosto
sem luz sem som
com medo e atenção
Obrigada por me ensinar
pelas músicas que ouvi
e me lembravam você
Obrigada por ter pensado em mim
e um dia me encontrado
assim como eu te encontrei
Obrigada por me fazer sentir tão bem
ao seu lado
na sua ausência
ao ouvir sua voz e sua risadinha
forçada e espontânea
Obrigada pela sinceridade
sem vergonhisse
amizade mútua e além
pela sua alma extrema e grande e única.




segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Consolo na praia

Vamos,não chores...
A infância está perdida
A mocidade está perdida
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa,navio,terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa,te golpearam.
Nunca,nunca cicatrizam.
Mas,e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado,devias
precipitar-te,de vez,nas águas.
Estás nu na areia,no vento...
Dorme,meu filho


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Texto pra ninguém ler.

Não gosto muito de estar confusa.Eu geralmente sou confusa. E nem me entendo em muitas horas.Nem as palavras,que saem superficialmente de mim ou de outra pessoa. Tudo é tão distante,confuso e superficial.
Nao quero a minha mãe.Não quero ninguém. Não posso ser criança. Nem posso ser adulta.
E eu odeio ter que ter planos e tentar ser alguem perfeito e bonzinho de acordo com conceitos que eu mesma criei. Ninguém,simplesmente ninguém vai notar isso. E daí? Só notam coisas más.
Eu sinto a falta de alguma coisa.
Alguma coisa que eu sei que não vou poder ter. Não que eu saiba de tudo,mas eu posso sentir. Eu sinto que não me sinto bem e me faz mal e que eu me faço mal. Já nem posso culpar a sociedade mesmo.
Não culpo ninguém,só a mim mesma.
Mas as pessoas geralmente me fazem mal!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sem título

Sinceramente...eu abracei uma árvore hoje.E senti a natureza.E corri e dancei entre os pinheiros.E vi um homem passando de bicicleta e um outro com um carrinho de mão.Também vi árvores cortadas,algo que não me agradou muito. E mesmo o sol,que me queima e me esquenta,fez com que me deixasse ainda mais feliz.Geralmente eu não gosto muito do sol e do calor;mas percebi que ambos são necessários e que realmente eu não preciso gostar deles,porque eu gosto deles nos seus dias de alegria. Acho que tudo é como é.Eu duvido de muita coisa ainda,tenho medo do mundo,das pessoas;tenho medo de perdê-las e tenho medo delas,pois eu nunca sei seu espírito de humor e sentimentos. Mas não tenho medo de uma árvore,pois eu sei que ela não pode me fazer mal.Em geral,eu faço mal a mim mesma.