quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Saudade implodida pelo canto do vento

Vou falar da saudade que desponta como desponta esse sol no meu rosto todo dia às 17h17 pela fresta do vitrô. É uma coisa amarga que fica boiando no coração e de repente explode como lava de vulcão. Não consegui conter o chorinho baixo e a água pouca saindo do nariz. Mas contive alguma coisa, queria chorar mais, não sei, me deu vontade, me deu saudade.
Eu queria escrever escrever escrever escrever pra ver se sai ao menos essa amargura repentina, porque saudade às vezes é bom, é gostoso, mas agora está me deixando triste e dolorida, assim, quietinha.
A tua saudade corta como aço de navaia
O vento soprou forte aqui, o cabelo ficou no rosto misturado com as lágrimas e me virei de costas pra poder chorar mais.
Nossa, que vontade imensa de chorar.
Chorar é o que nos resta às vezes. A saudade vai ficar mesmo, ora como coisa boa, de tudo o que se passou, de tudo o que passamos,  sorrisos e amor e marshmallows, ora como coisa ruim, de que nada disso vai voltar, ou a ideia de que nada disso um dia volta.
Daí eu passo a manga da blusa no rosto. Uma blusa que caiu o botão.
Pareço ser feita de açúcar.
Sou agora, neste exacto momento, todo o sentimento do mundo. Alguma coisa que não consigo conter, um amor incontrolável que escapou, uma falta tremenda que me pesa, coisas do coração, coisas que não se consegue trancafiar numa caixa e fechá-la, não dá pra fechar momentos da vida como se fossem livros, eles ficam lá parados nos tempo, eclodindo nas nossas pupílas, percorrendo o corpo todo em silêncio absoluto e você sente sua veia disparando, ficam lá, refletindo nas lembranças e nas árvores que balançam e nos passarinhos cantando em seus ninhos quentinhos pela manhã. Ficam lá tremendo na beira do abismo das lembranças, fazem que caem, mas nunca caem, pelo contrário, saltam para outro monte e se estabelecem por lá mesmo, numa gruta. E despontam feito festa surpresa de aniversário, no abraço que foi e ficou, na luz da vela se apagando, na flor da menina com uma flor, ficam nas ruas que pisamos, no cheiro, nos livros, nas cartas, no copo de vinho, a marca de batom no copo de vinho, a digital no copo de vinho e no seu corpo, invisível, mas está lá.
Tudo isso somado e regado ainda com o som das músicas proibidas - e x p l o d e
explode
e
 x p l
o d
e

estou nua na areia
o mar é calmo
meu coração borbulha
meu coração é vivo
e sente saudade

Às vezes entra um vento frio pela fresta da porta

somos fumaça
que queima a garganta
e dentro de nós
uma neblina
em dia de descer a serra

um dia te beijei
debaixo da árvore
outro dia
esperei no ponto de ônibus
o ônibus que não chegava nunca
e peguei outro

essa mania de esperar
esperar a noite chegar
esperar o avião
esperar a luz voltar
a chuva passar
esperar a vida acabar

esperar a fumaça
se diluir no vento
pra poder ver melhor

às vezes dá uma sensação de que
nunca mais te verei
porque escrevo isso?
e me dói um pouco
me dá saudade
me assumo
em certas condições

é um pouco triste
uma lágrima triste
de tempo/espaço
diversos
como sempre foi

uma hora tentamos esconder
e escondemos bem
esconde-se bem
outra hora aponta
depois se esconde
depois aponta
. . .

digo por mim
apenas

que sejamos felizes
em todos os sentidos
ao menos
pois não no sentido
que não foi
que sejamos felizes

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

desnecessário desnecessaríssimo
sem necessidades
não dá vontade de pedir pra ir lavar a calçada com escova de dente?
a vida ri na sua cara 

MWAHUAHUAHUAHUAHHAHAHAHAHAAHAHAHA
Com bocõõões e denteeees

aos tiros e sons elétricos

Nossa, te contaria todas a leis de Murphy aplicadas à minha vida. Eu viraria estrela, faria piruetas rodopiava em volta dos seus cabelos ao vento, mas vai ficar pra outros posts... ou postes?
Consigo me sentir pelada estando com roupa. Consigo penetrar nessa música como se um violão estivesse tocando de dentro de mim. Essa sonoridade do Gorillaz é apenas sensacional, cara, redescobrindo. É realmente muuuuuito bom. O primeiro CD é foda... mas estou ouvindo outro chamado The Fall e é quase uma outra pegada mas com uma essência que percorre todas as músicas.
Era uma vez a lua que diria baudelaire que era o próprio capricho em sim, pegou aquela criança em seus braços ou em seu vel e lhe disse:
- você há de sofrer todas as minhas influências e lá lá lá...

e a criança em seus braços dormia com uma ternura angelical.
gosto do som de flauta. e então o som da flauta e dos grilos na calada da noite embalavam o menino por dentre as nuvens pomposas e frias, lá embaixo quase se ouvia um pierrot dançando, uma colombinado tomando vermut. e essa criança atravessaria todo o bosque, os lagos com patinhos cor de rosa, o céu, as fronteiras, as copas das araucarias, os pássaros e dinossauros e toda a atmosfera numa aquarela me desculpem a rima, e eu quase me senti como uma borboleta negra, em Brás Cubas, que é morta com uma pancada de pano, uma borboleta enegrecendo e indo ao chão rodopiando girando sobre seu próprio eixo e dando de cara no chão, dura, fria, frio, o ar em volta quase em preto e branco, o som da flauta se misturava ao da harpa, o menino acordava meio lento, eu quase dormindo

domingo, 25 de novembro de 2012

Uma massagem desencadeia todos os tesões da vida, ou mesmo a ideia dela.
Ela me disse assim: vou encostar meus lábios molhados nas suas costas. continuou: depois beijo sua nuca e sua orelha segurando com uma mão o seu cabelo e a outra...

Aí morri. Não há jogo mais baixo do que insinuar que quer trepar com você. Mas nuca e orelha é meu ponto fraco, fraquíssimo, já me arrepio só de pensar. Oh beibi baby beiby
você está louca de tesão
posso apostar que sua cama pega fogo quando me fala tudo isso e eu dou corda, vou jogando o jogo, delícia, é assim mesmo, claro, querida, só estou esperando você me visitar, estou abrindo um vinho em temperatura ideal e vamos passar a madrugada toda trepando e suando muito.



sábado, 24 de novembro de 2012

nota

Só pra constar que esse é um dos poucos finais de semestres que eu não tenho crises de relacionamentos + crises acadêmicas de provas finais.

só na crise das provas finais mesmo.


mas superamos

sábado, 17 de novembro de 2012

de novo: a vida é a arte do encontro

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Desalinho

Então tá bom, é isso mesmo, pensei comigo. As ideias rodeando meus olhos cinzentos. É isso que foi um dia e não vai ser mais e escrevo isso com a luz do sol rasgando as nuvens nubladas e o frio de um dia quase parado. Eu posso ver tudo o que foi, com o pesar do cinza dos meus olhos ainda, que viagem é essa? Quem fomos? Não nos somos mais, mas fomos. E agora somos outras coisas. Não nos fazemos questão e quase choro, mas não consigo, estou mais sisuda, carente também, mas meu apetite agora é só por laranjas e leite puro e gelado. Não é de todo ruim, não me acho ruim, quem se acha ruim quando fica o dia todo na cama? Ninguém.
Então tá, é isso. Realmente agora tanto faz, como você pensou. Oh, eu adoro cuspir as palavras assim com minha postura incrédula, sem desalinhar em nada minha roupa, o casaco quase intacto no corpo quente, tremendo, fervendo por dentro, o suor escorrendo entre os seios.
O dia está caminhando devagar e não seria assim antes, seria ao contrário, ele passaria voando, eu comeria qualquer coisa, continuo comendo qualquer coisa e choraria de alegria sentada na privada, cagando e rindo do mundo, da putaria mundana, dos religiosos, dos ateus, dos políticos, dos idiotas, dos otários, quando somos tudo isso ao mesmo tempo e ao mesmo tempo nada. Com certeza você estaria pegando um cigarro num maço que eu comprei ontem e não fumei quase nada, estaria pegando um cigarro e tentando acender com um fósforo, chegaria na janela soltando fumaça e passaria uma perna na outra, levemente o pé por toda a perna, consigo vê-la, com um casaco novo meu, que parece velho. Enquanto isso eu cagava cagava todo o nojo do que um dia seria tudo isso, sabíamos bem, não nos importa mais.

Os azulejos do meu banheiro vertendo em carne nua sangrando chorando nossos lamentos, nossos amores perdidos, nossos amores que um dia virão e acabarão também, como tudo nesse mundo se acaba, e acabará a porra dessa porra toda.
Agora, adeus. O vento balança minha cortina. O vento leva a traz a poeira da rua que é uma poeira misturada com a parte de cada um de nós.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

mostrar a lííííngua na sua cara. blreeeeeeeehggggghh

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

gosto do bom gosto

sempre me encanto com
olhos bonictos
e sorrisos singelos

mesmo que não sejam pra mim
observo
os pequenos movimentos
um fio de cabelo que cai no rosto
ou na boca
e a pessoa tira com a ponta do dedo
ou joga pra trás
num movimento com a cabeça

ou quando um cheiro de perfume
passa
e você vira a cabeça
pra trás
ou quando se cruzam
sem querer
ou quando ainda
nos sorrimos
sem pretenções

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Poesiar o tudo, cada canto

oh, você não acha que falta um pouco de poesia nos olhos, um sussuro poético no ouvido de madrugada, a poesia tatuada na pele, o cheiro do poema misturado com o de feijão no barulho da panela de pressão, a poesia que a gente não fala e fica parada no ar, a poesia relida mil vezes e é sempre outra, a poesia que a gente pisa, que comemos, que está nos cabelos, lisos, ondulados, encaracolados, a poesia que ninguém nunca disse, aquela leve folha cheia de poesia e insetos, você não acha que falta um pouco de poesia colorida nesse cinza respingado na nossa cara?



debaixo da cama, na aresta da porta do banheiro, na privada cheirando urina, a poesia transcende jogada no cesto do lixo da cozinha com restos de cascas de frutas e potes de danone.
se alguém te ligasse e recitasse um poema assim
sem pretenções que não fossem as poéticas
e desligasse e o silêncio ocupasse todo ar ao seu redor
cheio cheio cheio cheio de poesia
e a poesia te acariciaria os lábios e passaria pelos seus cabelos
como se passa um pente
 invisível
e todo seu corpo tremesse
desde o pescoço até o calcanhar
uma sensação única

em cima do guarda-roupa
no bueiro nos ratos calados
nos insetos rastejantes - oh, os insetos rastejantes
como eu os admiro nesse maravilhoso asqueroso de rastejar

a madrugada sussurrante
o zíper da blusa
o bolso da calça
a alça da bolsa
o cadarço dos tênis

transpirando suor e poemas
mal feitos
mas que estão lá
sorrindo com seus dentes amarelos
que são melhroes que as caras pálidas
que andam pela rua amarga

veja bem, você não acha que precisamos poetisar tudo, nos seus ecos
nas suas dobras
onde não alcançamos
onde não nos alcançamos
uns aos outros e
nós mesmos
e nós mesmos nos outros
líquidos brutos espirituais e mortais

os leves olhares cansados
e as mãos lisas finas
grossas que te apertam
e os braços abraços
que não são dados
todos os lugares
e entre o vão dos meus dedos que
meus dedos grudados
e os seus dedos que me tocam com
receio
eles têm sua poesia

eles nós todos temos
que se espalha como chama no
papel com álcool no carvão
em brasa
queimando

a poesia queimando
nosso frio
nos frios
nas chuvas
você não acha?

Como quando se desfaz e refaz

" a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
Vinícius de Moraes


acho maravilhoso quando
num dia chuvoso nublado e um pouco abafado
estou desanimada
e pelos pingos d'água e pelo leve ar que paira
e pelos singelos momentos e sorrisos
e árvores verdes balançando sua chuva guardada
e pelos encontros
e pelos desencontros
e pelos poemas
conseguimos sorrir
um sorriso riso
livre

Não são maravilhosos os encontros?
os acasos
os caminhos desviados
a chuva e o sol que nunca sabem quando vem
as pessoas em seus mundos
tantas tantas tantas tão interessantes
tão únicas em suas filosofias
em seus medos e suas descontruções
para se fazerem outras

outros eus
descontruídos
refaz
e se abrem
como uma flor se abre na primavera
e cai com o vento suas pétalas
e nasce novamente

e nos atraímos
e nos repulsamos
nunca mais nos encontramos

mas encontramos outros
com seus sorrisos risos livres
e suas angústias e seus eus
se encontrando com os meus

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

oi dio
hoje foi incrível. exposição da ligia clark no itau cultural. maneraço. mas continuo preferindo Maria Martins e sua oposição à arte concreta.
depois quase desfilei na rua, as pessoas riam pra mim, era muito engraçado, muito engraçado.
tocando mr jones
oooh mr jones

Mr. Jones e eu contamos um ao outro contos de fadas
E olhamos para as mulheres bonitas
" Ela está olhando para você. Ah não, não, ela está olhando para mim"
Sorrindo nas luzes brilhantes
Penetrando em estéreo
Quando todo mundo te ama, você nunca pode ficar só
 
oohhh pintarei meu quadro com vermelho e preto e branco e todas as cores
mr jones, meu querido

são outras dimensões

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Poom me
explodiu entre as nuvens Ploom bee Ploom BeeEe
gotas azuis gotas de luz
raios rosas de luz com amarelos claros e lilases
em câmera lenta
é uma explosão magnífica
cheia embevecida reluzente
é uma flor desabrochando
como cristal se partindo

Mom Me POlloooOOMMM
O caule verde
verdinho
as folhas verdes
verdinhas
Tão fofas em suas caretas
de amora
e cara de maracujá malandro

Diga-me, moça
o que você vai querer pro jantar?
vou dar abraços e beijinhos
mas venha explodir-se
de amor e alegria

sorrisinhos tímidos
por trás da porta
um sorrisinho maroto
um sorrisinho tímido
outro tímido também

e um beijo de batom no papel

domingo, 4 de novembro de 2012

Ela me ligou dizendo que estava com saudade. Lá estava eu em minha cama suando nos calores estranhos e psicodélicos de São Paulo, o sol se pondo pela minha janela do meu quarto dos milhares de outros quartos e janelas, pensando na putaria mundana. Oi, linda, queria te ver, beijar essa sua boca, esse seu beijo divino.
Ela nunca fala direito comigo no telefone, sempre tem alguém por perto e eu é que fico ouvindo ela conversar com os outros. eu acho engraçado, mas às vezes me irrita, porque ela desliga sem ter mesmo conversado comigo, saber como eu estava ou marcado um encontro. Desligo o telefone rindo pro teto já deitada no chão com a nossas abelhas que rodeiam a luz. O mundo lá fora acontece e aconteço aqui dentro. tá bom, acabou na mesma, sei lá quando vou te ver de novo, mas também não me importa, enquanto isso você sai por todas as baladas de nossas vidas enquanto finjo que estudo, que essa minha vida acadêmica anda ao mesmo tempo muito interessante e blasé, seja lá o que isso quer dizer. os dias andam quentes, daí chove muito e esfria e os finais de semanas passam nublados quando chega domingo a tarde se põe num lindo céu azul, sem bundas e peitos e cabelos. mas to sempre com tesão de tudo, querendo engolir o mundo todo, vomitá-lo aos poucos depois com todas as cores do arco íris com metafísica sem significação.
Aquela dos olhos marcantes me pede o telefone passa o dela me chama pra sair e me larga no meio da praça às quinquilharias cinzas. Outros caminhos surgem e outras aparecem com seus outros olhos marcantes e sorrisos lindos e bocas tão beijáveis feito pêssego maduro, com suas conversas legais, e dentes bem postos às vezes um pouco afastados às vezes bem juntos. A boca é uma coisa tão linda.
Enquanto eu estava deitada na rede, no meio da madrugada cansada depois de uma boa boêmia, ela se achegou na sua camisola listrada, deitou no sofá mostrando suas pernas morenas, e por um segundo um olhar cravou no meu de impiedosa lascívia, por um segundo, te garanto. Pegava no meu pescoço - oi, gatinha, vem sempre aqui - subindo a rua rindo e bocejando, rindo e rindo e declamando algum poema. Oh!
Aquele clima de desejo no ar, olhares trocados, sorrisos de canto de boca, descobertas internas borbulhado, blablablablablabla. ninguém nunca sabe, só sente, isso é coisa de se sentir. oras, pediu meu telefone, e isso, em nossa sociedade, no mínimo, quer dizer alguma coisa com aquele clima de desejo no ar. N o  m í n i m o.
Então eu volto terrivelmente explodindo dentro do ônibus, o dia amanhecendo e entardecendo num sol terrivelmente quente, já estou mais do que suada, desodorante vencido, desejos no ar, olhares cruzados, fumaça de cigarro pairando esse clima, o cabelo, pêlos pelo corpo. O ônibus se desloca meio devagar meio rápido, minha imaginação fica girando feito máquina de lavar no mesmo lugar, no mesmo lugar de sempre, reconstituindo as coisas que não foram ditas e ficaram escondidas nas entrelinhas entre os tacos da sala, passando pela cozinha, banheiro, corredor e sacada, num método invisível de se sentir a grande e magnífica estrela da noite de você mesma.
Grandes aplausos. Desço cantando do onibus e caminho até minha casa num gingado malandro, as ruas silenciosas, um cachorro latindo de madrugada.
A noite se alonga através da janela, cheia de calor e com um jeito de chuva que promete molhar o coração.
não se desesperes por decepções, já sei, esperamos tanto e acreditamos, mas os caminhos mudam, baby, e os desvios podem ser deliciosos. e podemos nos surpreender a cada esquina, a cada segundo estamos conhecendo coisas novas, pessoas especiais, interessantes, ordinárias, inúteis, ridículas, bêbadas, bonictas apenas, com bundas gostosas, com sorrisos lindos e é aí que você cai como um pato sem asas quack quack no fundo do poço. e é interessante que criamos asas quando precisamos, podemos voar.
Que do mesmo modo que me senti como a pessoa mais feliz do mundo, o ódio veio e suei a noite toda, o cabelo grudando, aquele negócio de 'não-posso-acreditar-nisso'. clap clap clap
no final acabo rindo e 'tudo bem, não há nada a se fazer', daí tenho escolhas e escolho aquela que me convém, é bom poder escolher, temos o poder às vezes, o poder de decidirmos por nós e não nos deixarmos nas mãos alheias.
Acabamos nos desviamos e a vida ri e nos leva, já que, como dizia o cazuza, não podemos levá-la.
A gente se recompõe de novo, começa a rir, amarra o cordão do tênis, arruma cara, ajeita a camisa, pega a mochila, a camera, a água e cotinua seguindo, deliciosamente. Nada a se temer.