sábado, 28 de junho de 2008

Deixem-me expressar o sco e repulsa de fumaça de cigarros.
Por favor,PAREM COM ISSO!
Fumem nos seus devidos lgares. Tranquem-se numa caixa hermética e fumem 4 maços e sintam o próprio fedor terrível de nicotina infiltrando no seu corpo fraco e humano. Injetem,bebam,cheirem...mas por favor,parem de soltar fumaças feito chaminé de indústrias na cara dos outros. A população inteira fuma?
Cigarro ilegal. Isso sim. Isso é tão incomôdo e desagradável,que meu coração acelra só de detectar omínimo de umaça. Fumem,mas fumem sozinhos. Não quero compartilhar sua fumaça cancerígena e impotente. Nem quero ingerir ratos e baratas.Fumem,mas engulam a fumaça e deixem ficar preto cada alvéolo já fraco de vida.
nnnnnnnnnnNNNNNNNNNNNNNNNNN..........

Gradual

A metamorfose vital do ser humano num pequeno espaço de tempo dilatado,entre a adolescencência e a fase adulta,é um poeríodo terrível voltado tão dentro de mim mesma que já nem sei o que é exterior.
Nada é interessante. Acho-me tão incapaz e medrosa que queria morar em uma ilha deserta. Sem contato com qualquer ser humano,com qualquer gênero humano. Deixe-me dizer,meus senhores. Isso está há dias sufocando-me e preciso cuspir para que não entupa de vez. Luto comigo mesma para escapar de alguma coisa,de uma lembrança mísera da infância,de uma vida que já passou e eu sei que agora eu preciso crescer,mas me é tão difícil. Volto cada vez mais para dentro de mim mesma,como uma borboleta que cresce para dentro do casulo.
Eu não quero me prender em pensamentos,em leis que eu criei,em conceitos furados de moral e vivência. Nem quero saber de outros que nem sabem de mim. Aliás,quero saber tanto,mas só de pensar me desanima tão completamente só de saber que é tudo muito distante. Olhar o outro e tentar ver o que há de errado em mim. Mas eu me olho e vejo que sou um ninho de indecisões e insegurança. Não é sentir-se sozinha,nem rebeldia muito menos depressão. Mas esse afastamento me sufoca de tal maneira que eu já estou criando uma resistência. Isso soa meio brechtiano,mas... cada dia que passa o contato torna-se tão dificil pra mim. O contato,eu digo,meus irmãos,muito além do simples toque e comunicação.Mas o contato humano-humano de perceber o natural contato muito além de 1 a 1,mas dois por um. Um palhacinho de porcelana humano,tão alegre e divertido,mas que ao final ele sabe que é só ele.Ele por ele,ele por si só e por si próprio.É assim,porque tem que ser. A relação que mantemos numa sociedade é por puro interesse econômico num raio maior que nossa própria ambição. Existe a arte pela arte? O amor pelo amor? O que é amor aos pés do dinheiro desejado? E a distância? E o dois por um,num contato real ?

Sou eu por eu mesma. Fazendo contas simples de primeiro ano do ensino fundamental.Levando em conta o "próprio" umbigo,são bilhões de pessoas pensando em si mesmas. E é justamente aí,nesse elo desligado,nessa chave quebrada que se rompe o verdadeiro contato.

É assim porque tem que ser. Mesmo eu querendo,eu não faço.Mesmo eu fazendo eu não sei. E se eu soubesse,com certeza alguém não saberia...mas saberia outra coisa e assim sucessivamente. Já nem sei porque entrei nessa questão.

terça-feira, 24 de junho de 2008

E o dia se foi...

E a hora passa..
eu fico....estática.
Correr
Fugir

Ah,meu nó na garganta!
Ah,minha liberdade comprada!
Ah,minha infância perdida!

Nostalgia
total
nostalgia

Passa,meu anjo
passa tudo quanto é coisa
passa os dias e seus olhos parecem fumaça

Eu não sei o que vai ser de mim

sábado, 21 de junho de 2008

Onde está Andr Humbert?

"Me disseram que você estava chorando
e foi então que eu percebi como lhe quero tanto"

Olha,Andr,já não aguento mais de tanta saudade de cada sílaba que você escreve. Você já não me manda notícias,não ouço se quer um tom da sua voz.O que acontece,meu querido?
Há mais de um mês que fico vendo sudosamente o seu espaço tão aconchegante. Sabe,tudo parece acontecer tão rápido num tempo dilatado,que isso me chega a sufocar. É abafado,os olhos ficam lacrimejando num arder constante. Eu sei que estamos sempre ligados,mas a luzinha verde vai ficando mais fraca, a saudade aumenta, a idade aumenta, o tempo é o mesmo e a distância (em todos os sentidos) é enorme.
Como você está? Você recebeu minhas cartas,não recebeu? A primeira que eu escrevi e não te mandei e a mais recente (que já é velha também).Não pude mandar o CD,mas está gravado aqui comigo : CADE e um menininho e uma meninha! Todos os tipos de música que eu gosto.
Já faz mais de um ano que tenho meu muquifo.Dei uma festa de aniversário de um ano,mas você nem apareceu. O que é... ? Como está a faculdade? Andando muito pelas ruas de Belo Horizonte? E o nosso encontro,nosso passeio na Paulista ouvindo nossas músicas em comum e morrendo de tanta alegria que eu nem imagino como seja (mas sinto em certos momentos a intensidade).
Vou correndo praí,menininho. Porque não me liga? Só para falar um oi e eu ouvir a sua voz de moço cansado na madrugada de alguma sexta-feira. O número é o mesmo,o mesmo endereço,o mesmo passado-presente-futuro e até eu me sinto a mesmissima de sempre. A mesma de quando saí lá da placentinha aquosa de minha mãe,toda frágil e pegajosa.
Você foi daqueles meninões criados com a avó? Eu fui uma meninona criada com a vó. Sim,a minha avó de quem te falei,coitada,já nem sabe quem é,onde vive e o que come. Bem,isso é melhor pra ela.Claro que é,pelo menos ela não sente a amargura de ser o que é e carregar o próprio peso.É sim,eu digo isso porque todos carregam.O peso é o mesmo,mas a determinação de carrega-lo é que se difere!
Por favor,meninho,não some. Quer dizer,aparece,porque sumido você já está. Venha tomar um chá,ou melhor,um milk shake de capuccino que tem aqui em Tatuí.É de lamber os beiços. Promete? Não aguento de saudade.Não aguento ser tão repulsiva com todo quanto é tipo de pessoa. Mas você,logo você,não isso não pode.
Deixo um daqueles abraços fortes que parecem grudar roupa com roupa e face com face.

De Cá,para Dé, numa junção CADE.


ps: estou crescendo


Cassie Oliver

p ed aci nh o s

"A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida"
vinicius de moraes
Se eu fosse um coelho,queria meus direitos autorais da Playboy.
Se eu fosse um cavalo,queria meus direitos autorais da Ferrari.
Como não sou ninguém,escrevo e me contento com qualquer pedaço de pão com manteiga.
Pão com manteiga. Que humilde.
"Quero brincar no teu corpo feito bailarina..."
Afinal,meu povo imaginário,D.João VI criou o Jardim Botanico.
E Carlota Joaquina odiou o Brasil e ainda não contente de apenas odiar disse "Nesta terra nunca mais hei de pisar" ...assim que foi embora de nosso país tropical. Que coisa.
E eu continuo com minha repulsão.
"Cores de Almodovar,cores de Frida Kahlo...
Minha natural repulsão humana. Quem será o próximo?Ou a próxima?
"Quem é ela
quem é ela
eu vejo tudo enquadrado"
Tudo enquadrado como se andasse com uma moldura nos olhos. Bem,pelo menos tudo e todos seriam obras de arte. Seriam disformes em alguns pontos de vista,concordo,mas quem nao é?
Disformidade intelectual com esboço de sentimentos. E fica tudo pela metade,meia boca,meio tosco e meio bruto. Tudo é bruto..Até o Produto Interno Bruto! Imaginem meu ser nnum pedaço demármore sem lapidar.
" Arrasa o meu projeto de vida,querida,estrela do meu caminho.Espinho,cravado em minha garganta,garganta.A santa às vezes troca meu nome e some...."
Vou comprar cigarro e sentir o prazer mais prazeroso já descrito pelo ser humano. O cigarro como fonte de prazer e satisfação.O capitalismo escravista a favor do tabagismo.Os escravos não moram na senzala mas já estão se proliferando nos condomínios. Sem contar os das favelas... hereditário. Natualista. Zoomorfismo!
"Me gusta..."
Tudo inclina num plano cartesiano em duas dimensões. A inclinação da reta,a abcissa e a ordenada.Nada é ordenado no meu par ordenado.Vou trabalhar,pelo menos mostro minha mão calejada!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Reciclagem

Só duro o tempo que for necessário




quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porta fechada

Não me encontro,não me encaixo
desabafo comigo mesma
querendo alguma coisa
um café,um abraço,um alguém.

Já tentei várias formas
de viver,de ver e reviver
Não passo de uma fumaça esvaindo em nada
em pó que cai no móvel e o vento espalha

Não me acho. Não adianta,não me encaixo.
Cansei de ser eu mesma,de Literatura
De Fotografia,de intepretar textos
Cansei de Pintura,de lápis,
de amor inexistente
bater os dentes
chorar misérias
Eu cansei de Música,de Idéias
de pessoas,
do Chico artista homem perfeito
das vozes femininas em balbúrdios
esqueletos humanos duros e secos.

Mas no final,essas são as únicas coisas que me salvam
que me guardam e acariciam.
Vou correndo aos pés dos livros inúteis
que não me ensinam como amar
nem me dão uma mão que se enlace na minha
Mas a imaginação me torna grande que passo a viver disso
e todas as artes ressurgem como Fênix
e me embalam de novo para o nada.
Não quero ser nada,mas eu já me acostumei com o nada.

Já nem sei o que sou,o que faço,não faço nada
só respiro e mando carbono pra fora
sou um peso em mim mesma

Não tenho filhos
nem transmiti minha herança infame
Muito menos contei histórias infantis
juvenis,quadris.

Não me acho e esto jogada no mundo
como alguém condenado pelo pecado mais capital
e horrível da carne fraca
do sexo fraco

Fechem-me as portas,as janelas
corram as cortinas,o espetáculo nao é tão interessante.
Envelheço sozinha cheirando a mofo
dormindo sobre livros
e escutando Nina Simone.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Na minha frente...


E mal sabem que é só olhar para o lado e ver.
E tocar
...e fotografar!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Aniversariando blog

6 de Junho de 2007
6 de Junho de 2008
Há um ano eu começava com minhas distorções psicológicas literárias. Como passa rápido,meus irmãos,meus companheiros invisíveis leitores medíocres.
É esse o espaço onde tudo de mais interno de mim atua. Vive...absolutamente. Eu sou isso,eu sinto tudo e me absorvo e vomito num piscar de olhos todo esses doze meses. Essa trajetória que aqui é realmente distorcida surreal. Por uma lado é muito gratificante,por outro,totalmente insano e fiel. Fui fiel a mim,a meus conceitos e pensamentos. Fui rebelde sem causa,fui romântica sensível e absoluta no sentido mais literário da palavra.Coito,idealização,sofrimento... quem sabe nacionalismo foi deixado um pouco de lado. Não fui senão uma medíocre e infame escritora ( não me cabe esse título de jeito de nenhum,por razões óbvias) que através de mim mesma me libertei de meus fantasmas dóceis e roedores. Porque no final de tudo,eu sabia que eu mesma me corroía...e corroía mesmo,não nego,não tardo,fiz-me mal com meus próprios olhos e pensamentos,julguei-me ridícula muitas vezes,criei uma auto relação que não há como escapar. Repito: meus conceitos são os meus mesmo,a mesma merda de conservadorismo e saudosismo inútil,mas tive que aceitar. Tive que sofrer e sorrir como nunca antes sofrido e sorrido. Mudei, claro que mudei.Um ano,meus senhores da tribuna. Vivi tão mórbida e intensa durante todo esse tempo. Um incrível processo,posso dizer. Sofri e escrevi,como se sofrer e escrever vivessem inseparáveis,como se escrever fosse sinônimo de sofrer.Aliás,vida é redundância de sofrimento. O blog não foi senão um bode expiatório tão acolhedor como aquele leite quente num dia chuvoso e gripado.
- Eu só tinha dezessete anos. Recente dezessete anos. Agora,recente dezoito. Uma criança embalada pelo choro e desamparo.
Uma mulher em pura essência de descoberta. Cássia em metamorfose.
Daqui,logo será dois,três,oito anos,nove décadas...e ele sobreviverá? Eu sobreviverei? E minhas palavras? Inúteis? Promiscuas? Ridículas,de facto,mas...indignas?
Oh,por favor,não me caluniem. É só um aniversário. É só minha pequena vida dentre bilhares de outras e mais outras ainda não registradas,entre outras da coluna funerária. Entre palavras em papéis,em cartas cheirosas,em correntinhas enferrujadas,em perfumes e bocas.
Porque apesar de tudo,isso foi tão somente meu como de qualquer outra pessoa.
Quem nunca chorou em baixo do chuveiro? Quem nunca soluçou em prantos amorosos? E o valor? E a vida? Perde-se tudo mesmo.Embala-se tudo numa caixinha minúscula.Seus sentimentos,feito um leite condensado,comprimem-se em latinhas de designe mal feito.
Um ano.Julguei-me infeliz,insensata,criança,infeliz,bêbada,amante de vinho,péssima escritora,preguiçosa,egoísta,absolutamente egoísta,mas não fui senão eu mesma no meu mais íntimo desejo de entender-me. E era em palavras que me eu ía me desenhando,que eu ía e vou me compondo feito notas musicais numa partitura amarelada. Desconstruo-me.
Egoísta. Amante.
Amante... às pessoas que passaram por mim,que eu passei por elas,que passarão,que me abraçarão,que me abraçaram,choraram,ouviram meu choro,minhas palavras,meu sorriso,aquelas que verei no ponto de ônibus,aquelas que ainda não conheço e tenho sede de conhecê-las e principalmente àquelas que me farão escrever sobre elas.Sobre elas em mim.
Porque é em mim que tudo reflete como num espelho captadando imagens e guardando-as.
Àqueles que apesar de tudo,fazem parte da minha mera e evoluída imaginação.
Congratulações!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Um poeminha

Lábios Suspensos

Nada existia nos trêmulos jardins do quintal cinzento.
Só havia a sombra,
Além dos trêmulos jardins .

Os jardins,suspensos do extremo olhar
Colhia,em noites enluaradas,flocos de olhares a jorrar.

Graças,colibris acinzentados!
Pudessem meus sonhos existirem nos jardineiros!
E em como pegávamos,nas borboletas coloridas,
O mais elaborado açúcar vital de bocas cansadas.

Anjo frágil,com seus olhos cintilantes
Caíam sobre meu rosto e beijavam,
No entardecer gracioso,
Meus lábios molhados e errantes.

No jardim então,caiu da árvore em sombra,
A única folha vermelha do outono.
A mais bela vermelha do meu jardim cinzento
Desfez-se do meu lábio o último olhar morto.