domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sozinha e Ninguém

Sozinha vejo que o mundo um dia pode acabar,
que a humanidade não é de todo humana
que de humana minha alma quebra-se.
Porque alma?

Comi um pastel com formigas
porque o deixei em cima da pia.
Fiquei assoprando até que saíssem.

Pensei que uma criança fosse apenas criança
mas hoje em dia elas também são adultas
com batom e maquiagem,com revistas pornôs,
com a inocência perdida.
Perdi-me com isso. Lamento.

São 17:34 de um domingo chuvoso
e passou o vento pela janela.
Escrevo. Solto-me ao ar como se quisesse voar.
E vôo. De palavras.

Ninguém sabe que os olhos choram;
ninguém sabe que eu choro
ninguém sabe de ninguém
que o choro existe no mais límpido riso de tristeza.

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