domingo, 18 de janeiro de 2009

Desligaram os botões e o ser humano é só

Boa noite, novamente, meu queridissimo blog empoeirado.
Estou parecendo adolescente de 14 anos escrevendo no diário. Coisas do tipo: 'Ai, será que o Carlinhos gosta de mim, ele é tão fofo'. NÃÃÃÃÃÃOOOO. Por favor, ó meus adorados psiquiatras, internem-me se por um acaso eu escreva isso. 1 - menininhos não me agradam muito. Isso é facto, comprovado. Eu fiz o teste. Mas amo-os. 2 - já tenho 18. Meus assuntos já são mais chatos. Minha mente não é evoluída e eu pareço um bebe chorão em plena transição.
Queria dizer que: eu nunca suportei esse sentimento de perda. Em todos os sentidos. Assim, digamos, em todos os sentidos humanisticos.. Odeio explicar os sentidos das palavras que eu dou sentido nenhum. Sempre me dói assim, e cada uma é uma faísca que acende uma outra já guardada
Aliás, eu acho que nunca suportei nada. Aliás, eu acho que tento suportar de uma maneira menos trágica. Eu escrevo aqui, isso já me é uma alívio. Aliás, eu acho que a gente sempre arranja uma saída. mas eu não minto quanto os de perder. Maldito jeito de viver no passado. Tudo pra mim é o passado...credo. Eu vivo em outra dimensão. Precioso me disvincilhar de tudo. Achei que esse ano seria o começo de uma nova era. Bem nessas palavras cliches.. até tentei uma mudança, aconteceu, não nego...mas, estou voltando ao meu super eu interior? é maior do que eu isso. Energia muito forte que vem de dentro de mim. Meu coração bombeira muito. As artérias devem ter quilômetros de espessura.
A solidão, minha amiga. É ela minha melhore pior companheira. Quanto mais afirmo isso, mais sei que sou um lixo. Lixo digno, por favor. Não vou me dar esse gosto de me rebaixar tanto. Aliás, eu fotografo bem.
Mas, quem é que nunca perdeu? Um amor, um pai, um cachorro epilético, uma unha no dente, um ônibus, um olhar, um beijo, uma mão alheia, um momento marcante, um chinelo na correnteza, uma borracha na escola, um amigo e quem sabe, você mesmo.
Quem é que não lembra das coisas boas que passaram? Um amor, um pai, uma unha, um ônibus menos lotado, um olhar provocante, uma mão macia, um momento marcante, aquele chinelo adorado, a borracha cor de rosa e perfumada, um amigo engraçado e quem sabe, você mesmo.
Eu já disse isso mas repito, porque eu postei há muito tempo: essa sensação de saber que você não tem poder algum sobre alguma coisa é que me faz sentir que sou fraca. Que eu não posso, jamais, me igualar a um Deus, e nem sequer cobrar de alguém, muito menos ter o tempo em minhas mãos. Escorre pelas mãos, como líquido, como ar, como sua vida indo numa ampulheta e seus dedos já nem podem mais escrever, já não podem nem tocar um rosto conhecido e nem segurar uma mão.
Alguém me explica isso?
Alguém me explica porque estamos absurdamente tão desligados uns dos outros?

Nenhum comentário: