domingo, 18 de janeiro de 2009

As gotas densas numa alma limpa

... se há algo bom na vida, é lavar a alma.

Lavar a alma na chuva. Dançar nua na chuva. Dançar com a alma nua numa chuva de sábado. Escorregar num piso molhado de uma chuva nua de um sábado. Um sábado nu num corpo despido molhado de águas celestiais. Uma música desnuda acompanhando os movimentos surreais de uma menina em gotas de alma. Uma alma dançando num corpo nu e molhado de uma celeste chuva de um sábado aguado. Uma alma entediada bailando ao som de uma música bonicta numa tarde sábado. Um rosto com sorrisos doloridos olhando para o céu enquanto a chuva cai sobre o corpo que está se molhando. Nuvens nada nuas desabando sobre o corpo nu feminino que baila sobre poças d' água. Escorregões de partes humanas desencadeando a alva alma sendo limpa. A limpeza ' almal ' de uma menina com a chuva de uma tarde nua e bela. A bela nudez numa tarde chuvosa. Um sábado sendo despido numa chuva de corpos nus. Nuvens de almas chovem sobre corpos secos. Músicas molhadas bailam na alma alva que escorrega num sábado torrencial. Notas musicais entram na alma do corpo nu da menina que baila soba chuva de sábado. O sol se esconde e a chuva desce sobre o corpo numa tarde bela de gotas. Gotas caem lentamente sobre um corpo coberto de alma. Um corpo cai num chão molhado e as chuvas caem no corpo que cai no chão que não cai em ninguém. O chão cai no corpo que cai nas gostas que cai na chuva que cai nas nuvens que cai no céu que cai na alma. A alma dança nas nuvens que caem. As nuvens dançam no corpo de alma. A alma é limpa. A chuva também. O sábado é denso. E meu corpo em sorriso delirantes, e as mãos que jogam água, e os pés que bailam, e a alma e a chuva e eu e nós numa dança evocativa, quase um ritual, quase uma cópula entre ares e água e o corpo e a alma. A minha alma foi limpa.

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