sábado, 29 de dezembro de 2007

Fiquei por Último

O final de um ano!
O final de um tempo que eh tao longo quanto ele mesmo!
O Tempo!
Eu vou-me indo,para outro ano!
Última postagem.
Inicio de outras....e mais outras...e mais nada!
Sai e peguei uma caneta que havia em cima da cama.
Escrevi um bilhete dizendo: "Amo você como se não houvesse amanhã"... e o hoje é eterno.
Não sei para quem.Ele poderia ser para uma única pessoa,mas quero que seja para o mundo todo. Não que eu ame o mundo todo,mas queria poder ter essa capacidade de não retribuição.
Minha cabeça dói. Sem remédios...eles te estragam mais do que você é.
Então vem todos os desejos para um ano novo e só. No ano Novo mesmo,no cru ali,o real,ninguém te deseja nada. Tudo um cliche e média recíproca. É lindo,É sim. Ridículo. No final do Ano Novo,vê-se que os desejos e pedidos muitas vezes ficaram para trás e foi preciso pegar na enxada,sofrer,sangrar. A dor é inevitavelmente bela. Engana-te,toma um vinho,um ar. Pega um bonde,olha para a menina que senta ao teu lado,o velhote que fica de pé. Senti-me leve ao mesmo tempo um fantasma que só tem cabeça. Vi alguém entrar pela porta semi aberta e rugia,e rugia. Choveu,fez sol,chorei,aguentei -me. Eu quis poder ser melhor,mas querer não é poder. Preferi então ser,do que querer ser.
Eu já fui cretina,rebelde,teimosa,levei tapas e tapas na cara com mãos que não mereciam encostar no meu rosto. Enconstei em rostos tão macios e outros tão magros. Segurei mãos geladas,suadas,mãos de moças,mãos enrugadas e sábias,as minhas mãos. Inventei milhões de pretextos para situações que eu mesma criei. Mas não foi,não era,não será. Pode ser que tenha sido sim,com rojões e música e valsa.
Caia e fique no fundo do poço.Ninguém vai querer estar no fundo do poço. Ninguém é tão corajoso para enfrentar fundos escuros,tombos bonitos...
O ano se foi,minha cara!
É você que está indo.
Escreva uma carta para mim,manda uma canção,um colar.Um beijo seu,que felicidade.Um abraço,um olhar.
Agora vá,que ficarei por aqui.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Abraço poético molhado

Um abraço pra quem fica e outro pra quem vai.
Só quero abraços mesmo...
apertados,demorados,cheirosos
aquecidos,frios,rápidos.
Abraços da mãe,do irmão,da vó;
do cachorro,do papagaio e do pinheiro.
Abraço fraterno,meu amigo.
Poético,platônico...longe.
É,é você mesmo que está lendo isso.
Um abraço para você.
Felicidade pra mim e pra ti.
Um abraço fraternal apertado para que me proteja.
Proteja-me...do sol. Da chuva não,eu gosto dela,limpa o corpo,os olhos,os cabelos ficam charmosos. O tênis atola,as mãos pingam,a língua bebe da chuva.
Abraço a chuva e ela me abraça.
Quero o maior abraço do mundo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Eu passo,tu passas,ele passa sobre o tempo

Eu morro de saudade de tantas pessoas.
Dele,dela,daquele..
da minha mãe
do meu falecido pai;
morro de saudade de mim.

Olho-me no espelho e vejo o quanto estou ficando cada dia mais velha
e não menina,não mimada,não novinha.
Anos que vêm,esse ano que passa.
O tempo passa?Ou somos nós que passamos?
O tempo existe desde os primórdios,
quanto a mim,só existo há pouquíssimo tempo.
Em relação ao Tempo,o meu tempo é insignificante.

Sabe,quero voltar à escola. Ver meus amigos,o professor de História que eu tanto adorava.
Ele realmente era um homem magnífico. O de Língua Portuguesa também,o mais sábio:
- Crase não é o sinal;crase é a junção das vogais - nudus (do latim),foi resumido para nuu,a junção dos dois U's é uma crase - Nu. Assim como crudus e...
"...do latim.." Incrível como ele sabia tanta coisa,a adoração pelo Latim,pela Língua Mãe,toda palavra vinha do latim,era só falar uma palavra que ele sabia. Lindo,esplendoroso,apaixonante.
Espero um dia poder ser tão sábia quanto ele ...
...não,não posso ser tão sábia quanto ele.Ele é inigualável.
José Alberto o nome. Sim. Foi nosso paraninfo na formatura e leu um discurso que para a nossa mente jovem e vazia era de meio entendimento.

Pára,menina.
-Cássia,vai lavar o rosto.Saia daí e faça alguma coisa útil.
Eu gostei tanto desse feriado cristão.Não,não é pelo fato de comes e bebes e presentes...também,não nego.
É a caridade...as cestas natalinas para moradores de rua e brinquedos para crianças de rua.
Pude ver no rosto de cada um que aquele dia não passava de mais um dia,mas foi só uma visitinha e o sorriso abriu-se no rosto. Catavam papelão,dormiam no papelão,na sarjeta mesmo.
Agora deixe-me ver... eles passam sobre o tempo também,mas creio que seja mais demorado,porque quem sofre,sofre mais do que devia.
-Sofrimento? Sofrimento é o que você vive,minha cara amiga eu mesma.
Claro que não,sou só distorcida por mim mesma.Psicologicamente eu me prendo,mas isso é uma questão para outra hora,sim? Nada que um leite com música não resolva.
Eles são tão humanos. Não sou tão humana quanto eles,porque eu não conheço como é ser humano como eles.Se eu vivo aqui,eles devem viver lá..bem pra láááá do que eu possa imaginar.
Será que eles sentem saudade de uma vida que tiveram?
E são tão humanos mesmo.À noite devem dormir muito bem,porque o cansaço deve ser tremendo.

-Tá bom. Deixe que o tempo passe sobre você,sobre eles e sobre mim. Você já não é mais menininha e nem mimada. Mas pelo menos você prestou muita atenção nos rostos do Tempo,comidos e sorridentes. E você não sente o que eles sentem,porque os sentimentos deles devem ser mais nobres e urgentes do que o seu.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Sem ação

Disse-me que queria sair e nunca mais voltar.
É,foi e nunca mais voltou.



. . .



[. . .]

cri cri cri

[canta o grilo]

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ócio que não nega ócio

Eu sei que viver é tão simples

E da minha mesa de canto eu faço o meu palco,

e do som que sai do rádio é a trilha sonora vital;

como se houvesse constantemente uma câmera ao meu redor,

em vários ângulos e closes.



Deito no sofá e imagino filmes

roteiros,água,chocolate...

fossa.

És tão bela,minha querida.

Amiga,compreendida,cara menina.

Cara a cara estamos agora,na vida

eu e você,eu e eu.



Chuva lá fora,magnífcas gotas caindo do céu.
O ser humano mal segura a água e...
as nuvens seguram.
Uma mão segura.



Solidamente se vive. Flexiona-se o corpo;
mas a alma é flexionada?
Talvez sim. Ou é apenas uma idéia concreta e imutável.

Foi aí que eu disse a mim mesma que ainda há chances
de ser e de não ser,levando em conta três propósitos:
o meu ver,o ver de outro alguém,e o ver real e concreto.

Qualquer dia,simples,o ar abafado
o sofá branco inclinável
alguma coisa na tv que se distorce com o sono.

Deitada,eu dormi ouvindo o som distorcido.
E se eu não tivesse acordado,eu juro que estaria sonhando.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O pé da formiga

As formigas estão andando pelo meu corpo.
Doce? não.
Subiram porque subiram e andaram.
Miudinhas assim,quase não se vê.
Não deve ser tão chato ser formiga.
Colônia - união - doce - trabalho - folhas
Aí sempre vem um humano e pá...acaba com elas num sopro.
Eu acabo com elas numa dedada.
Coitada...ela tem nome?
Formiga mesmo né?
Legal.
Elas não escrevem.Mas comem....doce.
O doce mais doce é o que tem mais açucar?
Dulce.


Caaa
aaaa
aaaaa
iiiiiinnnn
nnn
dddddd
o
o
o
o
o

no buraco na formiga.
Da
a
g
u
l
h
a o fio do buraco da agulha.
Formiga
caiu
no meu pé.
Baratas são terríveis.
Caaaa
aaaaa
iiiinnn
nnnn
dddd
oooo
o
o
o
no pé da formiga.
Cai.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Flores,odor jovial tristonho. Seca-se.

Somos tão jovens.
E de repente... acaba-se.
Some-se a vida em um desastre
morte cerebral
falência dos órgãos
morte.
Morre como se a vida não fizesse algum sentido.
E se é jovem.
Ainda com inúmeros planos futuros.
E ela nem me conhecia;não nos conheciamos.
É digna de uma escrita?
Importa-se ?
Porque no fundo,não sabemos lidar com a morte.
Sim,é a coisa mais natural,mais certa que se pode ter na vida é a morte.
Impensável.
E eu fico pensando o que se passa pela cabeça de alguém que está morrendo.
Passa-se alguma coisa? Nada. Tudo.Uma vida inteira.
Dezesseis,vinte,vinte e cinco anos...
Pêsames.

O que mais me pesa nessas mortes repentinas acidentais cerebrais desastrosas de jovens próximos,é que são jovens.Uma transição surreal de um estado para outro.
É uma questão de dormir e acordar e...
-Não,é verdade mesmo...você não sonhou.

E então os abraços vêm,vem a família,os amigos
os bisbilhoteiros,o cafézinho,os que conheciam de vista,
os mais chegados,os que estavam passando pela frente,
os que souberam depois,os pasmos que olham e acreditam,
os descrentes,a foto ao lado,as flores...

-Muita força agora...

- Com certeza está melhor do que nós.

- Tão novinha,coitada.

- Fazer o que né? É a vida. Nem sei o que dizer.

- Nossa,meu Deus do céu,ela? Não estou acreditando.

- Você não quer ir pra casa descançar?

- Mas como foi? Acidente,é? Tsc...fazer o que não?


....e o mundo inteiro em peso aparece.
E o mundo inteiro em peso nem sabe.
Mais uma pessoa.Um atestado de óbito.
Mais um número no índice de mortalidade.
Menos um número no índice populacional.
Mais uma vida morta?
Mais uma morte em outra vida?

-Meus pêsames.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Questionário básico da mente cassiana

O que será de mim daqui dez anos? O que será do mundo daqui a dez anos?Meus pensamentos serão os mesmos? E os meus amores piegas distorcidos em nada? A música tocará ainda? Minha letra nunca mudará? A de mão,a de forma e a de bastão?Minhas perguntas terão respostas? E se eu morrer? Meu olhar sobre as coisas terá mais ângulos? Uma vez sendo meu quarto,ele será meu para sempre? Minhas palavras mudarão? E o meu cabelo,ainda o terei assim comprido?Os meus amigos serão os mesmos? Ainda terei amigos? Inimigos existem ou é só em filmes?
Há luais em noites sem lua? Porque amarelo não é marrom e preto tem todas as cores? Preto deveria se chamar então " todas as cores"? As baratas dominarão o mundo? É bom ter barba? Os pólos serão desertos quentes? Temos nosso próprio tempo? Existe livre arbítrio?Há reciprocidade no amor?Porque algumas pessoas não são destinadas a outras,mas essas insitem em tê-las?Porque homem e mulher? E não um terceiro sexo? Eu posso ser inspirada por Deus e escrever outra Bíblia? Se eu escrevesse uma nova Bíblia,achariam que eu sou louca?O que é loucura? Se os outros me julgam louca,eu realmente sou? Se auto taxar de louca é loucura? É possível morrer de loucura?Se eu não tenho dinheiro eu sou pobre?É ruim ser pobre? É bom ser rico?Se todo mundo ficar rico,haverá riquezas?A felicidade é relativa?O que é relatividade? A opinião sobre relatividade é relativa?Porque mãe é uma só?Como é o primeiro motor gerador universal?Porque signo dos zodíaco?O posicionamento do sol e das estrelas,no dia do meu nascimento,influencia de uma certa maneira na minha personalidade?Eu posso descobrir alguma coisa na ciência?Pensar é não compreender?Ser pessimista é ser realista?Sonhar muito prejudica os sonhos reais?Se eu pudesse voar eu teria asas?Porque as pessoas são tão egoístas? Sexo é coisa de pervertido? Porque tudo gira em torno de sexo e dinheiro? Freud é uma farsa? Todos os pensamentos são uma farsa? Prostituir-se é feio? Corrupção gera prostituição?Porque não legalizar as drogas?Porque legalizar o cigarro? Fumantes sabem ler? Drogados são pessoas más? Padres são pessoas boas? Porque padres não casam? O inferno é a Terra? Tem sorvete no paraíso? Para onde vão os pais quando morrem?É bom ser mãe? Ter a barriga grande,de gravidez,dói?Os fins justificam os meios?É possível esquecer alguém?Se uma apenas uma pessoa se apaixona,quer dizer que a outra não é a pessoa para ela? Quem é a pessoa errada? Há certo e errado?Educação vem do berço? E quem não tem berço? Ganhar é sinal de inteligência? O Brasil é só bunda e futebol e cerveja? Quem inventou as notas musicais?
Quem inventou o ponto de interrogação? O que inventavam antes da palavra "inventar" ser inventada?Pra que nascer,viver e morrer?Nascimento é o começo de uma vida? A morte então é sempre o final? Se todas as perguntas tivessem respostas,o mundo existiria? O mundo é uma grande dúvida? Se eu tivesse todas as respostas,eu estaria satisfeita? É bom saber tudo? O tudo é muito?Se eu soubesse absolutamente nada,eu existiria?Porque o meu espermatozóide chegou mais rápido?Se outro chegasse primeira,seria eu mesma?Se eu quisesse que o meu pai fosse outro,eu nasceria?
Etiqueta é sinal de status? É bom ser bom?Mentir é necessário?Crocofantes existem? Se eu acreditar que existam crocofantes,então eles existirão?Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia?Os sábios vão a discotecas? Pessoas diferentes têm uma vida social e amorosa?Se é provado cientificamente,quer dizer que é verdadeiro?Frio é ausência de calor? Calor é ausência de frio?Como é ser humano?Galinhas sabem que são galinhas?Como eu sei que sou uma pessoa? Shakespeare sabia que era Shakespeare? Quem espera sempre alcança?É preciso esperar?Meu tempo condiz com o seu?
Posso dormir?

Dia na praça com pombas;de volta ao meu quarto.

Não casei com ele. O fato é que pensar em casamento agora,é que não dá mesmo. Fui ter com ele;estava me esperando sentado no banco da praça,vendo as pombinhas pousando e levantando vôo. As pombas têm um pescoço engraçado,parece uma dança com o vento de música,leve e rápido. Sentei-me ao seu lado,nos beijamos e encostei a cabeça nele,com ele me abraçando. Ele é engraçado,único... e pensar em casamento agora,não dá mesmo. O que não dá? Dá? As pombas se casam? Casamento..mas de onde foi que tirei essa idéia? Dá licença.
A gente se gosta. Agente. No final só ficamos no banco da praça. Olhamos as pombas,os velhinhos passando para pegar aposentadoria. Agentes escondidos;da CIA. Estavam procurando um comunista revolucionário nazista protetor dos direitos humanos incluindo judeus. Ju-deus. Inacreditável. Em plena praça da matriz,de uma cidadezinha feia. Brasil,interior de São Paulo,agente da CIA e a gente. Tão romântico.
Acharam que nós dois morremos.Nós apenas fugimos do nazista. Isso foi um pretexto,um pretexto bem chulo ainda por cima;é que nós não queríamos inventar uma mentira real,queríamos uma viagem inventada,uma fuga de filme,um beijo em outro banco.
Não casei com ele.
Agora vivemos no bar,escutamos Tchaikovsky e Ludwig van Beethoven,de vez em quando saímos andar entre alguns pinheiros que há por aqui,para lembrar aqueles do interiorzinho. E eu às vezes passo lápis preto no olho para dar uma mudada de imagem de menina moleque;ele é um molequinho tão homem,encantador.
No momento eu não leio nada,escuto Bolero de Ravel que é uma obra esplendorosa. Uso um óculos alá avó nos anos 60 com biquíni de bolinhas,uma gravata do meu irmão e uma cartola verde que combina com o casaco também verde. Um shortz xadrez e meias laranja;só para ficar em casa e almoçar filé de frango com cenouras e pimentão. Que gosto refinado.
O nazista deve ter sido pego. As pombas numa dança em conjunto,com os pescoços para lá e para cá,quase num clipe do Michael Jackson.Os velhinhos gastando o dinheiro da aposentadoria no bingo ou num caça níquel qualquer. O agente comendo risólis.
Não nos casamos mas vivemos juntos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Um dia qualquer,meu caro.

Unha.
Meus dedos estão moles e hoje a noite está quente.
Ontem também estava assim. Pior,eu digo. Há uma leve brisa,um frescor agora. Para compensar ontem caiu um temporal.É lindo. O barulho,o som da chuva,os clarões repentinos.
Minha unha está grande.Somente as unhas de uma mão.A outra (a esquerda) está com as unhas curtas. Não faz diferença,porque ninguém pára e pega a sua mão para medir o comprimento delas. E se o fizer,não acrescentará em nada,creio eu.
Dezembro. Férias. Mas depois não há férias,e sim trabalho. O trabalho de estudar,de ganhar dinheiro,o trabalho de trabalho mesmo,o trabalho de tantas coisa que me dão trabalho.,que eu mesma me dou trabalho.Resumindo: a vida é um enorme trabalho bem trabalhado.E sempre chega um e acaba,estraga e emenda todo o trabalho feito. Não,não...hoje eu não sei o que eu escrevo.Estou sem estímulos,enfadada com alguma coisa.
Não sei sobre nada. O que acontece no Oriente Médio,se algum imprudente bateu o carro e ocasionou várias mortes,quem está na capa da Playboy.Não sei se tem comida aqui para eu poder jantar.Não sei sobre o dólar. Eu sei que apesar de enfadada,eu estou contente.
Bastante. Tenho um cabelo para poder bagunçar agora.
Também tem um pernilongo no monitor. Coitado...não sabe que posso espalmá-lo.Posso,mas não devo. Não devo espalmar ninguém.E aliás,ele não tem culpa de alguém ter feito o monitor para ele pousar.Mas eu também não sou obrigada a suportá-lo.
Chega.

Ensaiozinho do poeminha

Madrigal tão engraçadinho [ Manuel Bandeira ]

Manuel Bandeira tem uns poeminhas muito bonitos.
Acho simplesmente cativantes.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Para o meu blog

Que deixo algumas palavras rápidas
E peço perdão por não poder postar frequentemente
E digo que minha cabeça está turbulenta;mas é em um bom sentido.
Há muito o que escrever...por isso preciso digerir e alinhar os pensamentos.
Preciso também ter mais tempo.
Realmente em pouco tempo acontece tantas coisas,tantos fatos,tantos atos.
E ainda há um fio ligado em mim em outra coisa.
É outra coisa,outros quinhentos.
Não é nada com você.
Obrigada e fico muito feliz por me entender.
Aliás...espero que me entenda.


Cássia,a Cássia.
Acássia
(Buuuu...)

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Primeiros vestígios

Visceralíssimo.

Como soltar excretas quando a bexiga está para estourar;como beber água quando a garganta corta,o ódio e vingança,a cara de prazer depois disso,que vem das vísceras,do útero...o visceral.

Lindo e maravilhoso,os braços tremem,as pernas bambeiam,o copor esquenta,o nó no estômago,os olhos vermelhos e flamejantes,a garra em espera para atacar.

O ser humano não é amor. Ou é muito amor que vira ódio. É nada. Que de nada,tem tudo.

É um instinto;a natureza é magnífica na sua naturalidade de coordenar e na sua nudez primitiva. Assim no primitivo humano,o homem é cru. Um animal selvagem.


Um sentimento selvagem primitivo.

Uma humanidade secundária. Uma sobrevida secundária.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Arrependimento

Se o segredo é não correr atrás das borboletas,então é porque deve-se correr atrás delas.

Não é segredo,é mentira.

Simplesmente pelo fato de que se é segredo,então não sabemos.

Pra que não correr ?

Borboletas. Deixa cego.

Se é segredo,então guarde. Mesmo que não seja mesmo para correr.

Desculpa?

Eu,eu nunca corri mesmo atrás de uma.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Num dia intermediário de água no copo e só

Estímulos acabam
pensamentos amenizam
e a vida surreal torna-se real
como apenas beber água.

Surreal seria: distorcer a água e vê-la cor de rosa
e o jeito de segurar o copo influencia na água descendo pela garganta
ou queimando ou congelando
[coisas além do ato,de apenas beber água em si]

porque no real é só beber e matar a sede
mas existe centenas de coisas por trás
de um copo d'água
coisas que no real não vimos
mas está lá e é distorcido

porque a vida não distorcida às vezes é chata
monótona,enfadonha,parada
o meio...o ponto médio
não há qualquer preocupação além
não há estímulos
e a água só mata a sede

posso andar na rua e pensar que a árvore balança porque o vento simplesmente bate nela
vindo de massas de ar quente ou frio ou e ....
mas só olho e continuo andando.

Andar. Porque andamos? Como é o movimento da perna ao andar?
O que se pensa para colocar um pé na frente do outro?
Pensa-se? Não. Só é. Só anda. Cruzam-se as pernas
esfregam-se as pernas
corre-se com as pernas
as pernas num copo d'água
as pernas corridas cansaram-te e fizeram perder o fôlego
perder líquido
boca seca
co-po com á-gua
á-gua
ro-sa
a rosa que também é vermelha

Só água,então molha
mas não molha-se só com água.
Eu um dia me molhei com molho
molhar molho
olho óleo alho ilha

[mas como eu ía dizendo,chega um momento que os estímulos se vão;
é necessário sim,a distorção,outros olhares,outros ares,outros lugares...
percebeu que terminam com 'ares'?]

Na mente,no fato mental;
em prática a maioria é água.