quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Não tô na esquina

Oi. [risos] .
Cá estava eu pensando hoje,sim,pensando em alguma coisa. Percebi que mesmo eu passando o tempo todo comigo,eu às vezes preciso de um temposó para mim.Eu e eu reflitamos. Um jantar,um cinema à um,um passeio qualquer,comprar alguns livros.
Ah,que pesseio. E fotos e conversas.
Fui comigo caminhar hoje,e às vezes vou ao pinheiro sozinha. Aliás,eu ia toda vez admirando minha bela companhia eu mesma,agora tenho uma companhia agradavelmente bela.
Enfim.... cá estou eu extasiada de sinfonia e com a orelha em pé,as unhas e pêlos em pé de tanta beleza e graciosidade.
Certo certo certo,irmãzinha. Hoje realmente não tanto assunto assim para tratar,ultimamente ando muito no mundo da lua da realidade e bondade comigo mesma,portanto sem minhas extremas distorções surreais com água no copo e todo aquele esquema que só eu pude entender,ou uma ou duas pessoas empatizando.
- Ah,vá ver se eu to na esquina.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

No lago que voou

Eu já te contei da história do lago que tinha aqui?
Pois bem,havia um lago por aqui e havia patos nele.
Num certo dia,muito frio,o lago congelou de repente,congelando os patos juntos.
Os patos voaram levando o lago nos pés...
hoje ele deve estar em algum lugar na Georgia.

Ah,eu te contaria histórias de muitos e muitos lagos
e histórias de muitas e muitas ostras...
porque você é a minha ostra com um grão de areia dentro.

E foi assim,o primeiro dia,a primeira noite comendo pão de queijo e sentindo o cheiro doce do seu pescoço. O cabelo bagunçado. Como eu amo esse cabelo.
No mesmo dia,à tarde,fomos ao pinheiro. E ele me olhava tão esplendido,tão encantador e simples,e tinha um sorriso galanteador,singelo,único....que seus lábios refletiam um brilho lindo,mas nada exagerado,uma boca vermelha com o beijo me esperando.
Se há o amor,eu digo que não e complicado do jeito que eu pensava,nem precisa de mil maravilhas e mil conceitos para tentar defini-lo,porque o amor só é amor,assim como uma árvore é uma árvore e o meu abraço ferve de saudade.

O lago... O Lago dos cisnes : Tchaikovisky.

- Minha rainha
- Bunda Mole

Murmúrio

Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
-Vê que nem te digo - esperança!
-Vê que nem sequer sonho - amor!

Cecilia Meirelles


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Um menino muito lindo e simpático me enviou
Paulo,o seu nome
o meu,nos meus olhos.

-Eu te amo,disse ele ao final !

domingo, 20 de janeiro de 2008

Quase em linha reta

Há uma solidão tão grande em mim agora. Uma saudade de algo que eu nunca tive,ou de algo que tive muito e foi embora...embora assim,de repente.
Sou tão incompleta. Vivo medíocre atoa por aí,tentando entender coisas e coisas incompreensíveis. Essa música que toca ainda é lenta,é fria mas arde de quente dentro de mim. A Nona de Beethoven me libera a violência;é necessário,é preciso me conter,me amar e me sentir. Sou egoísta...não nego o fato de ser egoísta. Afinal,ser egoísta é uma maneira de se refugiar de você,em você mesma. Do medo dos outros,da angústia...a sede de provocar mudanças internas e...nada,nada de resultados.Tão obscuro,gótico,pontudo....afincando,assim,aos poucos no meu pescoço,porque da artéria jorraria sangue,sangue e sangue e tudo se tornaria uma sinfonia linda com tons vermelhos em quase preto e branco.
Não gosto que digam que me amam,porque eu sei que amor não é assim,tão fácil e vulgar.Que digam então que gostam de mim,aí sim me convencerei que sou digna de gostar e não teria de ser tão egoísta.Que digam o que pensam,que me façam mais rude e expiatória.Ah,o amor....É tão cru e extremo que dói de tanta saudade.O amor dói de saudade. O amor dói de saudade e é assim porque tem que ser.Porque mesmo ele padecendo,ele congelado,supera e se aquieta,no silêncio,sozinho,egoísta. O amor também é egoísta,mas é o egoísmo de ser egoísta,pois se guarda pra ele.
E me paro e olho. Vi que os meus olhos não brilham...! Porque? Opacos... Engano,brilham tanto que a luz se esconde. Vi que os meus olhos murcham,que a minha boca fica amarga e eu sento. Um banho. O cabelo despenteado,porque é assim. Mendiga.
Hipócrita você,minha cara. Desleal consigo mesma. Egoísta...mil vezes egoísta.Quantas vezes pensei inutilidades,quantas vezes fiquei em silêncio. O silêncio,meu Deus,tão Belo,no sentido sábio da palavra. De conforto o silêncio acalma.
- Viu,não esqueça do cobertor,está frio hoje.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

De risadas,pesa a saudade.

para a pessoa que chorou ao ler os textos e a qual tenho um carinho imenso,gracioso e amável
Fico pensando na grandeza e majestade dessa menina,que é em todo tão de admirar e é em todo um pouco de graça e charme único.Tão mulher e frágil,sensível. Chorar? Para que chorar,meu bem? Fiquei feliz pela capacidade de aguçar essa sensibilade tão notável;era noite,em algum dia da semana que não me recordo,ela sozinha no quarto escuro,em lágrimas,pensamentos mil e saudade de pessoas e momentos e eu aqui,atoa. Ela lá,sem nada para fazer e resolve ler alguma coisa,bobagem,esses textos daqui tão pobres,coitados. Sabe,te imagino toda entediada sentada por aí,limpando a casa,conversando comigo,querendo chocolate branco que nem existe mais;juro que quero encontrá-lo e te presentear.Mando todo enfeitado ainda,com um bilhetinho tirando sarro.Ela é,de fato,toda saudade.Inteira pesada pela ausência,por momentos magníficos e toda boba e engraçada. A graça do choro,a graça do abraço,a graça do "beijo gata,vou dormir",a graça do "nossa garrafa",a graça de ser por si só uma graça.
Mal posso esperar para aplaudir de pé,para pedir autógrafos e fotografar com flashs e tumultos.
Estou aqui,agora,pensando: E eu,minha cara? Se lembrará de mim algum dia? E essas palavras? E a amizade? A saudade,as conversas,as risadas,as denúncias de mundos iguais e cruéis e estranhos e ...tudo vai mudar. Tudo ficará em mim,cada sorriso e gargalhada que me tirou,a companhia durante quilometros com a bicicleta,a malandragem e água. Água...! Água!
Começo a rir,rir também de desespero por não poder te ver todos os dias e te abraçar e cantar músicas antigas.E começo a chorar já de saudade de tudo o que aconteceu,mas vamos crescendo,vamos cada dia perdendo o gosto de tudo.Fica o gosto puro da amizade.
Deixo uma pipa em cima da sua cama escrito bem assim: Baby .Sim,só Baby,que era o nome da sua,e ela dançou,igual no filme e acabou.
Foi aí que ela saiu,foi dormir ou assistir televisão,desses programas que passam,com música,porque eu sei que ela ouve de tudo.Deixou assim para mim:
"Claro que antes eu vou escovar os dentes,pedir benção aos meus pais, pode ser que eu reze ai depois eu durma".
Não é lindo? Naquele momento senti a criança que havia dentro dela,da necessidade de dormir sabendo que os pais a protegem,da necessidade de proteção,de fé de alguma coisa.
Sou tão boba. Nem sei de muita coisa,nem dela e eu tento.
Afinal,só quero dormir,mas meus pais não estão aqui para eu pedir a benção,nem meus amigos... abençoe-me você,minha cara.Peço e reviro-me aqui,com bichos na tela,coçando. Sinto que agora já me sou inútil,está aqui.É todo seu.
- Sonhe com os anjos.

Em constraste,a menina do meu começo.[fundo musical]

A menina estava deitada no sofá.A sala era vazia e grande e a única luz que vinha era das janelas que também eram grandes.Fim de tarde. Toca Mozart e sua calcinha aparece,porque o vestido é curto e as suas pernas ficam para o alto,balançando ou fazendo bicicleta no ar. O chapéu vai e volta nas mãos,no corpo,para cima e para baixo.
Quem é essa menina?
Seu nariz começa a sangrar...mas ela ri,ela se desespera tão graciosa e o sangue é tão vermelho,um vermelho de doer os olhos de belo,o contraste com o ambiente preto e branco,a luz das janelas.Ela é toda graciosa,menina,delicada...ela é cru e a sua boca deve ter um gosto de algo muito bom e suave. Mas não...!
Ela parada,parece dançar.
E de repente salta do sofá,desesperadamente graciosa e o sangue mancha o vestido,o contraste,a beleza...a beleza,se desfaz...nunca.
Seus pés,descalços,a conduzem até o banheiro e nisso o caminho foi traçado por sangue,pingos tão belos e vermelhos intensos...a boca vermelha,o nariz vermelho,o vestido...vermelho.
Agora ela se lava e olha-se no espelho manchada,descabelada. Menina,você é tão criança e sedutora.
- Porque ela está ali?


- Não sei,mas essa menina fica em meus pensamentos todo dia como se quisesse uma história só dela.
Pronto,estou escrevendo sua passagem. Talvez ela fique feliz e me deixe continuar,porque não imagino além do que pode acontecer depois que ela lava o rosto e a pia fica toda ensaguentada.
Ela pode chorar;mas ainda toca Wolfgang Amadeus Mozart e isso não me faz vê-la chorar. Ela só está assustada.Ela sempre se assusta quando seu nariz sangra.A porta ruge. Está ventando lá fora...a luz fraca...talvez acendesse velas e ficasse sozinha por ali,balançando os pés deitada no sofá,pilantra,uma ninfa.
Uma ninfa,meu Deus. O vestido sujo,o chapéu cobrindo o rosto...ela dorme.
Ela dança sozinha.
Ela corre e pula e....dorme.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Art Bitch

Eu morro de raiva.
Palavrões,palavrões,palavrões!!!!!!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaahhhhh
(grito interno)
*morri*


MOTHER FUCKERRRRR
Biitttcccchhh!
Bitch bitch bitch bitch fuckkkk
MÓDA FACA!
Bitcheeeeee
Beat?
Besta?
Boate?
Bitch bitch bitch bitch³
Yeaahhhh.

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Em versão punk,rock n roll,metal,trash metal.
Porque nada substitui um bom palavrão.
E a sonoridade até que fica interessante .

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Nove do doze do sete

Abraços e beijos e saudade.
Uma dor que dói no peito.
Bagunço o cabelo,
mordo,olho,seguro na mão.
Sabe,meu bem,você me faz tão bem.
E o que escrevo não representa o tanto que eu gosto de você
mas eu não sei colocar para fora
eu não sei
eu te amo
eu não sei
e eu penso
cada dia é um dia a mais,um gostar a mais
a alma engradece,os olhos enxarcam-se
eu te amo
eu ouço o pisar nos gravetos
o sol no seu rosto naquela tarde do sol se pondo
naquele vento .
Fique comigo,me abraça
porque as pessoas não se abraçam,não conversam,não se olham
mas você é tão grande e majestoso que fico assim,sem palavras,sem ação.

Eu olho nos seus olhos e vejo um olhar nítido e perdido
as palavras tão seguras,as mãos firmes nas minhas como se não quisesse largar nunca mais.

....todo dia. Que felicidade.

[ olhando nos olhos ]

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sinto falta de nossas conversas

Ah,que pena. Será que temos que acostumar com essa falta?
Sim.Sim.Sim sim sim.E definitivamente não. Entrou uma bolha de ar muito grande na artéria,no coração e não preenche. Tive que ir tirando com a seringa e ainda ficou um pouco.
Foi quando eu estava tomando banho e chorei muito,deitei feito criança enquanto o chuveiro me molhava e a água se misturava com sabonete e lágrimas e saliva.
As horas passaram.Os dias passaram.Meses também e depois anos e mais anos e a falta é preenchida;com chocolate,com um desvio,um cabelo grisalho,a mão fria.
Enganei-me.
- Olha,um mosquito.Olha,olha pra mim e presta atenção no que eu falo.

Tempo. Tempo? Foi tão engraçado. Eu ri,ri sim. Eu ri,meu Deus,depois de tanto...pensar?
Meu amigo Alberto Caeiro já dizia : Pensar é não compreender.
Eu estou com fome e fico imaginando uma reviravolta,uma volta de cartas e telefonemas.
As conversas conversas ou as brincadeiras de correr e pular?
E as danças?
Sem vergonhisse?
É questão de pensar ou de sentir?
Menos questionários,por favor.

É uma ironia que nem eu me aguento.
Mas eu sinto falta de tanta coisa. Da sopa de lentilha que minha avó faz no reveillon. Perdi.
O perfume que eu tinha ganhado,chegou pelo correio. Sumiu,o cheiro se foi.
O celular,coitado.Nem toca mais.
Porque a necessidade de tornar o tempo mais longo e quebrado,veio.
Longuíssimo.
Ano é outro. Cheiro é outro.Palavras são outras.
E o pensamento? O sentir? O gostar?
Não. Sim. Sim. Não. Não sei.
É tudo uma questão que eu não sei explicar,mas tudo é uma questão de ironia do passado e do presente. Do futuro,do hoje,a noite,o dia...a fita na minha cabeça.
Eu nem sei mais o que eu falo.
Caí.
E fico por aqui mesmo.
Eu rio,só sei que rir também é uma questão de....mostrar os dentes.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Onde estão vocês?

A felicidade entrou em mim.
A saudade,quando eu menos esperava,apareceu.
Muita,muita mesmo.
A saudade por si só não incomoda tanto,o que vem mesmo é a distância,é o saber que ama e não pode pegar na mão. É saber que não ama,mas a falta é tanta que enjoa.
Pesa a ausência;e até a presença que muitas vezes não preenche.
A saudade e a felicidade;o ânimo de viver,do quão bom é ter problemas e resolve-los.
Sempre agradeço pelos distúrbios e incomodos;não saberia o que era felicidade.Não sabia o que era saudade até perder,ficar longe,chorar,sonhar.
Sonhar várias vezes num mesmo dia.
A casa,o cheiro,a roupa limpa. A cidadezinha chata e parada,mas que é linda e foi o berço.
O retrato!! Ah,retrato! Recordas das mais belas e dolorosas lembranças. Dos momentos de crianças,dos beijos adolescentes,dos abraços paternos.
Cubro-me com a manta que uso desde criança;está muito frio. Minha mãe não está em casa,nem meu irmão,está escura.Muito escura.
Mas a felicidade é isso. A saudade é e come. Não basta palavras,bastaria eu sentir.
- Boa noite,dorme com Deus.