segunda-feira, 29 de março de 2010

Poesia para a Mulher Escondida

 Para Kaline Leigue, menina mulher, encantadora.

Poesia para a Mulher Escondida

Ela dança sobre o tapete vermelho
mostrando o vermelho do xale comprido
mostrando a canela abaixo do vestido
ou da saia passando na janela.
Ela é uma menina, uma moça comedida
mas é só aparência
ela é quase demência
a única da lista
Ela é uma mulher
e quando dança solta a fera
tudo nela é beleza
inclusive a tristeza dos seus dias de miséria
Quando dança, mas que dança
não me cansa nem um pouco quando
ela de leve balança o corpo
um pouco pra lá
um pouco rodando
um pouco tudo nela
aquela moça suspirando
o vermelho sussurrando meu ouvido
que escuta agora
de longe os gritos
de uma cigana
toda oblíqua
cigana mulher
qualquer mulher
mas eu sei que é ela.

Um comentário:

Kaline disse...

Esses olhos que me penetram a carne e alcaçam o que em mim eu julgo fantasia... ser infalso, mas que para ti é vivo e parte de mim...

Obrigada por acreditar na minha alma quando eu mesma já tinha desistido...