sábado, 30 de junho de 2007

Uma ave talvez

Ser pessoa enjoa. Adolescentes,adultos,ignorantes,colegas,meninas,professores,inteligentes e qualquer outro tipo,origem,estilo,etnia,religião,sexo,opinião...
Podemos ser o que quisermos,mas não adianta só querer,tem que agir. E assim ficam impregnados meus neurônios de planos e planos para o futuro,de enjoos,decisões,indecisões,confusões...mas fazer algo : NADA.
Simplesmente (e infelizmente) não movemos sequer um palitinho de dente para mudar alguma coisa.Independente do que seja,de quem e quando.Penso e penso e escrevo sobre o que pode ser feito mas fica ali,no papel manchado de tinta,molhado e amassado,depois é guardado.Isso quando nem no papel é escrito.Aqui por exemplo é escrito muitas coisas e cabe a mim não deixar só palavras e idéias,mas impulsos para que se mude algo,seja em uma pessoa,duas,em situações e quem sabe o mundo ( chutando beeeeem,mas beem alto e sonhando mais alto ainda).
Se tudo o que se pensa para mudar algo fosse corretamente realizado,hoje eu estaria feliz com o fato de que meus filhos (se um dia eu chegue a ter algum)não fossem morrer por falta de água e /ou queimados.Mas sei que isso é uma incerteza. É cruel saber que vivemos dependendo uns dos outros,e eu odeio depender de pessoas.Pessoas são pessoas e isso se resume.Não são perfeitas,não são boas a maioria do tempo,nem sinceras e outras qualidades inexistentes,(exceto algumas).E arrepio-me ainda mais de saber que dependo indiretamente de pessoas que não conheço,que minha vida e saúde até estão em risco por causa de pessoas irresponsáveis e gananciosas.Não só eu,mas posso ter certeza de quem alguém,não sendo pessoa,irracional talvez,também esteja nada contente.
Perceba que tudo está relacionado. Estou ligada a alguém por alguma coisa e,mesmo eu não querendo e fazendo de tudo para não depender, o meu natural já é acionado.Sim? Eu não querendo depender de alguém,sempre terei pois uma vez que eu queira comer um pão,terei de ir até a padaria comprar,e esse pão foi feito por uma pessoa ( não perfeita,não boa a maioria do tempo...), e o leite tirado de uma vaca por uma pessoa e o forno produzido e o trigo plantado e... Chega!
Pessoas - preguiçosas - papel - sem ações - dependência - incerteza - enjoo - pessoas ...
Cansa sofrer,cansa pensar,falar,comer e dormir e indecisões e o mundo.
Cansa...cansa ser humano.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Dá licença,está atrapalhando"

Aquele rapaz que sentava na minha frente era realmente um chato.Censurou-me nas minhas expressões psicológicas gestuais que iam de acordo com a música do piano e da flauta.Sem falas,sem pronúncias labiais,linguais,dentais...apenas as mãozinhas de maestro e ele se vira para trás e diz: "Dá licença,está atrapalhando". Paralisa. Olha-se para os que se sentam ao meu lado.Na hora eu ri,mas minha vontade foi de pegar um cone e berrar no ouvido dele.É claro que não podia,senão todos ali iam dizer " Dá licença,está atrapalhando" e então eu iria para fora,com o cone,com a raiva e ainda sem ouvir piano e flauta.
Geralmente vamos assistir a um concerto para apreciar a música,um Mozart,Schubert e seja lá quem for,independente do ritmo sempre há manifestações,sejam elas psicológicas,silenciosas,corporais ou até mesmo mais escandalosas.A minha no caso era corporal.A do rapaz chato da frente devia ser algo bem interior.Descobri ao final que ele era músico e músicos tem essa mania de querer ouvir nota por nota do que está sendo tocado,estudar a partitura pelos ouvidos,mas eu não,eu faço curso de preparação de atores no mesmo conservatório que ele e tenho o direito de observar e manifestar-me com a música.Do mesmo jeito que eu me divertia com a música ele se divertia (ou não) tentando decifrar se era um Dó maior ou um Fá sustenido maior ao dobro do quadrado...aaaa.Eu não me virei pra ele e disse: "Dá licença,você está me atrapalhando ficando quieto ai e tentando dar uma de músico aplicado decifrando as notas,com essa sua cara de desprezo para com a minha pessoa."
Isso só foi escrito porque estou tentando defender meus direitos e dizer que no momento eu estava quieta,sem abrir a boca...vai ver ele viu que o dobrar da minha perna produzia um Ré menor altamente incomodo.Então eu pedi desculpas,até confesso que exagerei um pouco.Sempre me empolgo com esses fatos e parece que quanto mais é repreendida,mais dá vontade de fazer.E foi o que fiz,não parei.Apenas diminui a intensidade.Então eles começaram a tocar uma música que usei em um trabalho de classe,em uma cena..e lá estava eu relembrando a cena e no final do movimento,no ápice da música eu sinto alguém me cutucando no ombro.Vire-me e era um menino fazendo alguns gestos pra mim;eu não entendi no começo pois ele fazia umas caretas juntos,e então ocorreu-me que ele queria dizer para me comportar,ficar quieta no meu lugar,intacta,pois os meus movimentos o atrapalhavam.Que diacho! Dois me censurando em menos de duas horas por meras manifestações.
Onde está nosso direito de poder assistir um concerto e viajar nas melodias? Pude até presenciar um baile de máscaras,com moças belas e vestidos longos... e "..está atrapalhando". Uaun uaun uaun!
Essas pessoas de hoje em dia. São tão variadas. Um na frente decifrando notas,um menino atrás que me parecia mudo ou com problemas na voz,um do meu lado rindo,uma senhora no outro canto fechava os olhos e abaixava a cabeça,não sabíamos se ela dormia ou apreciava a música,e eu lá imaginando máscaras e o gestos variados,o senhor da flauta tocando e a mulher que tocava o piano tinha um cabelo muito espalhafatoso. O resto da platéia não pude ver. Lembro-me de um menininho que sentava alguns bancos na minha frente.Ele era uma graça,tinha cabelos loiros cacheados os balançava tão alegremente no ritmo da música que era impossível não gostar dele.
De alguma forma eu aprendi alguma coisa. Estamos em fase de aprendizagem até o último segundo de nossas vidas e não vai ser um rapaz chato na minha frente que vai fazer com que eu desaprenda. Muito pelo contrário,aprendi com ele. Sim,que às vezes eu devo me controlar em minhas manifestações,aprendi que músicos são mais guardados do que atores,aprendi que não devemos fazer cara de desprezo para as pessoas,pois o mínimo que seja já magoa,embora essa cara de desprezo renda um texto em um bloguezinho empoeirado de quinta categoria.Aprendi que aquilo que nos incomoda ocupa pelo menos setenta por cento de nossos pensamentos. Aprendi que ele estava certo em me dizer que estava atrapalhando,se ele não falasse se sentiria mal talvez.E aprendi (finalmente) que com apenas um "Dá licença,você está atrapalhando" podemos aprender muitas coisas.
E da mesma maneira que o rapaz chato se incomodou comigo,eu me incomodei com ele.Peço perdão novamente,embora ele nunca lerá esse texto.
Depois saímos,fomos à uma lanchonete e me passei a chamar Jurema.O músico chato aposto que foi transcrever todas as notas em alguma partitura.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Um mimo

Madrigal tão engraçadinho

Teresa,você é a coisa mais linda que eu vi até hoje na minha vida
[inclusive o porquinho-da-india que me deram quando eu tinha seis anos]

Manuel Bandeira

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A redação: Depende da Análise

Cássia Roberta A. Oliveira n°15
3° EM
Leia os textos da página 292 da sua apostila e redija um texto dissertativo de acordo com a proposta dada.

Depende da Análise
O progresso só é possível através do defeito,do erro e do desejo de aprimorar e modificar algo.
A concepção de bom só é possível pela concepção de mau,assim como para saber o que é felicidade é necessário ser/estar triste.
Há um equilíbrio entre o bem e o mal.O que é totalmente bom,porém não é muito viável.
Os iluministas eram iluministas pela concepção que tinham do Absolutismo;julgando ser um erro,ser algo de mau já que o absoluto,por ser absoluto,não tem variações,impedindo um progresso social,cultural e político.Por outro lado o Absolutismo foi um impulso para os filósofos iluministas poderem pensar à respeito.Dependendo do ponto de vista,o Absolutismo pode ser viável ou não.
É relativo.Amor e ódio são variações contrárias tão próximas que não se pode distingüi-los.Bem e mal andam juntos assim como podem andar tão separados como dois lados de uma ponte.O que faz o defeito ser bom são os olhos e pensamentos das pessoas,que progridem ou regridem através da análise.
O que leva alguém postar a redação que fez na escola? O tema. Não coloquei os textos que foram lidos para redigir o texto,pois eram três,e dois eram longos.Teve um que eu gostei mais,que se chama O defeito,de Rubem Alves.Algumas frases do texto dele:
."É o defeito que faz a gente pensar"
."O que não é problemático não é pensado"
."Você não sabe que tem fígado até o momento que ele funciona mal"
...e assim vai,senão colocarei o texto inteiro.O texto defende a importância do erro,do defeito.Assim como outro defende a crise para se chegar ao conhecimento,ao acerto,à ciência e à verdade.
Parando para pensar,é a mais pura verdade.Só nos damos conta de algo,quando isso se torna incômodo.É um processo simples.Não é questão de parar e refletir.Simplesmente acontece.Eu não paro e penso que calço sapatos,nem lembro do meu fígado (ah não ser quando está ruim,é claro) quando estou tomando banho por exemplo. Só é automático,impulso... e então quando nos incomodamos fazemos algo para melhorar,progredir,mudar,por exemplo a Revolução Francesa. Mas isso não vem ao caso. Essas coisinhas insignificantes são tão engenhosas e inteligentes.
É uma pena por minha redação ser tão "chinfrim". Foi terrível,eu não tinha idéia do que escrever,tinha pouco tempo,as pessoas na sala rabiscavam e o barulho do lápis do papel me incomodava,a professora não calava a boca mas no final saiu alguma coisa....um "angu"...mas saiu.
O propósito de postar minha redação aqui não é para dar uma nota(que eu sei que tirarei uma baixa) nem contar os errinhos gramaticais,mas o fato de o tema ser bem legal e minha falta de tempo e disposição para redigir um texto melhor sobre alguma coisa mais interessante e medíocre.Sem mais.

sábado, 16 de junho de 2007

Observação

Eis que estava eu observando o imenso pasto.Uma natureza extremamente bela e magnífica,um silêncio com ruídos de pássaros,alguns carros lá longe passando,uma moto,alguém martelando alguma coisa,o som das folhas na rua sendo arrastadas pelo vento...enfim,uma paz.
Três bois do lado direito do pasto imenso.Dois bois do lado esquerdo do pasto imenso.Sim,o pasto é divido por uma fenda,por isso posso dizer dos bois de tal lado. Também, há uma árvore,do lado direito,que não projeta muita sombra,é um pouco mirrada,mas está lá.
O que mais me admira nessa paisagem é quando as sombras das nuvens são projetadas no imenso pasto,mas naquele dia,o céu estava limpo e o pasto iluminado por inteiro.
A presença do ser humano é,felizmente,quase nula.Há algumas casas apenas,é uma rua sem saída,há duas chácaras no final da rua,mas ninguém mora ali,e depois da rua é apenas mato,terra,árvores.Então a visão do pasto imenso se dá pela rua sem saída.Não sei o que há depois do pasto,só o horizonte,mas acho que,por dedução,há casas.
A descrição do lugar é tanta(mas não o suficiente para lhe dizer o quanto é gratificante) justamente para entender que minhas idas para lá é de total felicidade.De total fuga da cidade e das pessoas.
Embora eu tenha dito que a presença do ser humano é quase nula,a presença de alguns foi marcada.Contando dos que passaram por mim,foram poucos,porém houve o que entraram em suas casas,os que saiam com os carros,uma mulher com uma sacola batendo palma em uma.
Eis aqui a presença de tais que passaram por mim:

- um pra você,moça!
Um dos dois meninos,que entregavam panfletos da Casas Bahia,entregando um pra mim. Depois seguiram reto,e subiram numa trilha de terra para a rua de cima.
Sabei-me lá eu como dois meninos propaganda foram parar na rua sem saída,que eu já julgo um lugar tão meu,quanto uma criança diz que um brinquedo é de sua propriedade.Essa foi a primeira cena.

- Cadê os cavalo,cara?Os cavalo!
- Não sei!
- Óia só,os cavalo sumiram memo cara! Ói...as vaca!
Três meninos passavam por ali,vestidos com algum uniforme,enquanto um (o mais falante)comentava sobre os cavalos(que não estavam) no pasto imenso.Eles levavam algumas sacolas,então deduzi que pediam prendas ou alimento ou qualquer outra coisa nas casas,pois eu ainda os encontrei em um outro momento,não mais na rua sem saída em frente ao imenso pasto.

-Vem Branca,vem pra cá!Braaanca - advertindo! Venha!Vai levar um chutão no meio da fuça já.
Uma mulher rechonchuda lavando a calçada da casa,chamando a cachorra poodle que explicitamente se chama Branca.A cachorra ficava latindo pra mim enquanto eu passava calmamente e sem pressa pela calçada.E a rechonchuda lavando a calçada,com esse monte de água que temos.

Eu não pude deixar de lembrar disso,nem sei porque postei as passagens das pessoas.Talvez seja interessante.Hoje em dia nem prestamos atenção nas pessoas,nos atos e muito menos em nossas próprias pessoas.Não senhores,eu disse atenção no sentido de observação.No sentido de podermos extrair algo de bom de alguém,seja lá para o que seja,mas não para reparar se o sapato é feio e sair falando mal.Como eu disse em algum outro texto que é natural do ser humano ver só o que é ruim.
Concordo que pessoas são tão complexas quanto entender Matemática.Por um lado é muito chato e odioso e cruel e,tentar entendê-las é muito difícil,mas quando se consegue é um ganho imenso.E observá-las para se tentar imaginar o que passa por dentro,quantos anos ela tem,o que ela faz da vida,pra quê ela está ali,pode ser divertido e lucrativo.
Talvez o que falte mesmo é entendimento. Seja do outro,de mim,da folha,do pasto imenso,da mulher rechonchuda chamando a cachorra.Se eu não entendo eu mesma,o que será do amigo que eu acho um pé no saco?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O vermelho e o azul

Tecnologia é a palavra chave do século XXI. Revolução tecnólogica,computadores de última geração,"ayppódys" (pra deixar mais chiqui com o y),celulares com câmera impressora filmadora fax e entrada para DVD,carros com tudo que se tem direito e o mundo retrocedendo.
Retrocesso de um progesso.Ou seria progresso de um retrocesso? Ou os dois? Ou nenhum?
A máquina um dia dominará o homem.Enquanto o homem acha que manda em tudo,na natureza,no próprio homem,no feijão que come,a natureza dá a volta por cima e a máquina só espera para dar o bote...ou morrer junto também.
E homens adoram lançar. Lançam produtos cada vez mais avançados,lançam a última moda,lançam gases para a atmosfera,lançam pobres na sociedade,lançam o serrote na madeira,laçam o próprio pescoço. Essas revoluções que eu não entendo!São boas,mas são ruins.São produtivas,mas são destruidoras.São o ápice da inteligência e ignorância humana.
E é tudo tão lindo,é lindo sim! Lindo ter um celular com mil e uma utilidades,é lindo ter o carro do ano (que no outro ano já se torna arcaico),é lindo andar na moda,mesmo que o dinheiro não dê para comprar,mas sempre arranja-se um jeito. É um amor imenso pela tecnologia.
Pensando bem,progresso e retrocesso andam juntos,paralelamente. Enquanto o progresso acontece para uns,o retrocesso acontece para outros,bem outros,muito mais OUTROS.É como se fosse uma corrida: o carro vermelho do progresso versus carro azul do retrocesso,e no final o azul dominasse a pista por inteiro...e deixo aqui as apostas.
-Vamo vamo,quem ganha essa corrida? Vermeio na frente...sai em disparada. Façam as suas apostas. Oopaaa...tem um caboclo aqui que já posto 5 real no azul. - diz o homem das apostas - coitado,vai perde cincão.
- Eu aposto deilão no vermeio.
- Eu aposto no que eu quisé,o azul vai ganhá no final.Pode demora,mai vai.

E o homem laçando o próprio pescoço,começando pelos braços e pernas,vai indo sem saída. A natureza já deu o primeiro passo,está tão furiosa que está soltando fogo pelas ventosas,mandando raios de ferocidade nos homens,que logo logo viram churrasquinho conservado no gelo.Pois tudo o que começa um dia termina.É a vida,temos que renovar.E a natureza não ia fazer diferente.Ela,querendo competir com o homem,lança chuva,lança sol,aliás muito sol,lança frio e calor e calor e calor.Ela também gosta de revoluções.E só não laça o próprio pescoço,porque isso já fazem pra ela.

terça-feira, 12 de junho de 2007

É culpa sua...

Criticar,falar mal,escrachar,julgar...e o diabo a quatro. Incrível essa mania horrorosa do ser humano,desses seres cada vez mais inferiores,que a-do-ram uma desavença fraternal,maternal,social e afins.Querido leitor,pode ser exagero sobre o "seres cada vez mais inferiores",mas quem nao exagera hoje em dia? Começando pelo Falar Mal.Eu mesma,indignada, de alguma maneira acabo por falar mal,que no caso sobre os seres cada vez mais inferiores.Que contradição. É natural do ser humano,eu sei.Portanto um natural muitas vezes forçado,natural orgulhoso e ridículo.
É...é sim.Pare e perceba,que você pode fazer quantas coisas boas forem na sua vida,até mais coisas boas do que ruins,mas sempre...SEMPRE vão te julgar por aquilo que você fez de pior.Uhum,por incrível que pareça,sempre irão lembrar de você pelo seu erro.Um exemplo(clássicos nas salas de aula de Teatro): em uma peça,você pode mandar bem a peça toda,fez tudo exato como manda o texto,o diretor,figurino em ordem,interpretação jóia,mas se no último segundo,SEGUNDO,da peça você errar,PRONTO..já era toda a sua peça,toda a sua interpretação,e a platéia vai lembrar justamente daquilo,"ah sei,foi aquela atriz que caiu no palco no fim da peça?"Muito injusto.Sim,muuuito injusto.E trasportando isso para nossa convivência quotidiana,é a mesma coisa.
Você ajudou a velhinha a atravessar a rua,não roubou o doce daquela criança chata do seu colégio e comeu verduras e legumes como seus pais pediram,mas se você foi mal na prova ou se por algum motivo muito profundo fala para a sua amiga que ela hoje já deu no saco,esqueça querido,vão te lembrar por isso.
É é assim que presencio quase todos os dias cenas desarmoniosas dessa laia.São pessoas falando mal de outras,que uma tem nariz grande,que outro namora uma menina feia,que você foi mal na prova e até que a prima da vizinha do amigo tem quinze anos e está grávida.
Ó mosquitinhos de carniça,porque não falar bem das pessoas? Porque não ver o lado bom da vida? Eu creio que se pudéssemos ser menos egoístas,infames e medíocres nossa convivência poderia sim melhorar.Sim sim,ainda creio na bondade do ser humano,na bondade encravada em algum lugar ai nesse seu coraçãozinho que bombeia sangue arterial e venoso. Sangue de cobra.
Eu sei que é mais fácil criticar...e daí? As coisas mais legais,são as mais difíceis.É uma questão de parar e refletir.
Hunf,quem hoje em dia pára e reflete? Ai,que tolice a minha. Talvez realmente esse texto seja o mais medíocre. Não achou? Sabia. É natural do ser humano.

domingo, 10 de junho de 2007

E no domingo...

.....
......... Hmmm
...., mmmm!
!!!!!
....
[...]
-- - - - - - -
!!!!!
''''
...............
ZzZzz
.
Acho que vou....
olhar o céu.

sábado, 9 de junho de 2007

Independente do dente

Lá estava eu no ônibus,preocupadérrima com a minha vida,com meus idolatrados Nós,fazendo dos meus pensamentos um in-fer-no e bla bla bla... Quando me dou por real,voltando ao mundo medíocre,percebo que o mundo realmente é muito cruel.Não,cruel não seria a palavra exata(talvez no momento dos Nós sim) mas.. ou seria minha consciência,meu psicológico que estaria a 200 km/h ? Sim.é bem provável.E é nesse ponto que eu fiquei matutando depois da meia noite,depois do resfriamento cerebral,depois da desaceleração.Caros mosquitinhos,os pensamentos têm vida própria.Enquanto eles agem lá dentro,o mundo lá fora está andando.Percebe? Independente do meu Nó na garganta,no pâncreas,no intestino grosso,o mundo acontecia,o ônibus andava,o moço da banca arrumava as revistas,os vegetais respirando,o cachorro passando...Independente do dente,o sinal sempre vai marcar vermelho,verde ou amarelo. Tsc tsc tsc.Quanta imaginação.Quantas tempestades em copos de água,enquanto a mulher do banco do lado apenas olhava pra fora.O que será que passava na cabeça daquela mulher,enquanto na minha,as sinapses disputavam corrida?
Querido companheiro de poeira,eu nunca vou entender o que se passa fora de nossas mentes (e também dentro).Tá,um pouco eu entendo,concordo.E ninguém mesmo entenderá,nem mesmo Freud,aposto,não sabia exatamente sobre um psicológico,muito menos da mulher do banco do lado.Enquanto pra mim o mundo não passava de imaginação,e a imaginação se tornou real,talvez para ela o mundo podia ser tão bonito quanto uma joaninha preta com bolinhas vermelhas.Mas ainda há muitas mulheres e crianças e homens e idosos e travestis que sentarão no banco ao lado no mesmo ônibus que eu.E vários mundos bonitos quanto uma joaninha,feios quanto uma unha encravada,patéticos irão existir.Não sei. Para mim o mundo pode ser tão bonito quanto feio,mas o mundo é.Ele é por si só.Com variações psicológicas.Com belezas variantes.É.Ele acaba num dia,volta no outro,chato hoje e amanhã mais cruel do que nunca...e eu olhando através do vidro com minhas sinapses amigas enquanto o moço da banca arruma as revistas.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Vai e vem

Está e vai
Vai e vem
vem e fica
fica e espera
espera e volta
volta ou não volta
e fica
pra sempre
onde nunca foi
mas irá
quando um dia voltar
e ficar
onde está e vai e vem e fica e está
pra sempre
pra sempre
o meu pensamento

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Segundo Ato de uma carta

Segundo Ato.Do que? É pura imaginação. É ridículo,mas é satisfatório.
Eu acho que se todos tivessem um segundo ato de uma carta,poderíamos conviver melhor.Ou não.Poderia atrapalhar,execrar,desfazer,e tudo o que se imagina.Talvez melhore,talvez não. Uma expressão natural seria bom,mas por dentro é um furacão de coisas,de símbolos,emoções e um nó na garganta.
Segundos atos de cartas têm seus prós e contras.Não há dinheiro que pague o que você sente,não há nada no mundo também que faça mudar de idéia. Se for mudar,então nem comece o primeiro ato.Que depois de encenado,sua vida não pode ser a mesma,assim como ela não é a mesma de uma hora atrás,quando você leu um trecho de Machado de Assis,nem quando se olhou no espelho,e muito menos quando o Segundo Ato está para começar.
Senhoras e senhores...bem-vindo ao fantástico e inútil blog,ao Segundo ato de uma carta,aos pensamentos ridículos e infames de uma préquaseaspirante à escritorazinha de butique e blog empoeirado.
Sentem-se e acomodem suas bundas em cadeiras almofadadas,e se preparem (para jogar tomates) no que está apenas começando(ou terminando).
Estar alegre,de nervosa talvez.De medo,angústia,arrependimento.Fiz certo?Fiz errado? Não sei,mas eu FIZ. E é isso o que minha consciência está marcando agora.Sim,ela marca pontos,desmarca,calcula,inibe,ejacula.
Saí,logo depois que entreguei a carta,com um sorriso de canto,um nó no estômago,na garganta,no pâncreas e onde quer seja,eu tive um jato de alegria e decepção.Sim,eu consegui entregar,com as mãos tremendo,os olhos cabisbaixos e o nó.Ai nó,que tanto me vem quando menos espero.Nó que com certeza estará comigo logo no começo do segundo ato,na entrada com o pé direto na sala.Se eu pudesse fazer uma homenagem,seria ao Nó que esteve comigo durante esses dias de uma composição de uma carta,e também aos calafrios e bochechas rosadas ao andar em direção de.Sai nó.Fica nó.Volta nó.E minha expressão insignificante pra qualquer outra pessoa,mas para a carta... Coitada,mal sabia o que a esperava.Agora já nem sei se foi amassada,molhada,cuspida ou rasgada,dentro de um lixo desconhecido.Mas foi lida. Uhum. Por isso que eu digo e repito que "se todos tivessem um segundo ato de uma carta,conviveríamos melhor". Mas não se esqueçam caros leitores desocupados,que a vida muda logo depois que se escreve um K em uma carta,e depois de um espirro.Então,porque não mudar de um jeito diferente?
Cruel,mas com total (des)controle de uma consciência.Carpe Diem. Ah não ser esperar o amanhã para a reação,então é meio desfavorecido.
Cartas,cartas,cartas....o que seriam de mim,sem elas? Eu...sem elas. Eu comigo,eu no blog,eu na vitrine,eu no escuro,no claro,eu sem cartas.
De qualquer maneira,me perdoem pela imprudência,me perdoa pela confusão.
Eu me perdoo por nem saber mais nada,muito menos o que é segundo ato de uma carta.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Eu que o diga

Gata. É hoje...terça-feira,dia 5 de junho de 2007. Um dia não muito esperado,na verdade seria amanhãããa..maaass..minha vida é uma peça de Teatro.
Desculpem,mas eu não posso falar o que é.Ha...Hoje é primeira parte..CENA 1
Bahhh! Estou ainda no camarin,me preparando.
\o/
Mass..ontem a apresentação foi ...é..foi. Não muito boa..mas não foi ruim.Atingi meu personagem,eu senti.. \o/ (feliz).Pessoas,é extremamente dificil interpretar,de acordo com o texto e com o que o autor quer.Ainda mais quando é Nelson Rodrigues,é tudo muito complexo.É cheio de rubricas e estas ainda são dificeis,há rubricas que parecem um texto.Sem contar que ele escreve picoteando as falas,com ponto final,do tipo: " Arandir,escuta.Selminha me disse.Ouve meu bem.Selminha disse que. " Isso não é nada.Mas se formos parar para pensar nós falamos assim,porém é insconciente.Quando é no texto,lendo e decifrando tudo,torna-se muito dificil.Mas eu achei que a personagem estava inteira,eu estudei até o texto,as características dela,para poder deixa-la inteira (ou quase inteira).Pois,comparando com a miha apresentação do trabalho passado,em que eu encenei uma empregada do texto O Banho,de Reinaldo Maia,a Dália do Beijo no Asfalto deu de 10 a 1.
É seres de outro mundo,Teatro é bem complexo,um mundo que ninguém imagina.Pois estão muito enganados que é só decorar falas e cuspi-las depois. Tsc tsc tsc...nessa vida há muito o que aprender(eu que o diga).

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Iniciando...

Bolhas de canudo.Não gostei muito do nome,mas me passa uma idéia de infância,livre leve e solta.Agora somos tão presos a tantas coisas...porém,não vem ao caso.
Está ressuscitando a moda de blogs,não que eu siga a moda,apenas me interessei por esse meio de comunicação.É mais fácil,devido a meu grande (des)interesse pela internet e passar um determinado bocado de tempo dos meus dias em função dela,batendo meus dedos numa máquina,o invés de fazer algo mais saudável,produtivo e cultural.
Tenho um blogger,tenho coisas a escrever nele,não muito interessantes talvez,mas de uma importância pra mim.
Tic tac,tic tac...
Tenho um trabalho de classe hoje a ser apresentado.Embora eu esteja confiante,a possibilidade de eu gaguejar na hora é bastante grande,mas eu sei que issonão vai acontecer.
Nelson Rodrigues - Beijo no Asfalto. É a peça que temos que apresentar hoje.Não é a pessoa inteira,mas sim fragmentos dela.Meu personagem é a Dália.Não vou exlicar quem é ela,mas é linda... ha.
Meu dias se resumem em casa-escola-Teatro .É bom sim,claro que é.Me sinto honrada de poder fazer mais coisas a não ser a escola,que já est[a me deixando de saco cheio.