quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

confissões de fim de mundo

Só não esquece que eu te amo e que o mundo acaba em breve
acho que não costumo desamar
assim tão fácil
mas amo mais mais
sempre mais do que pude
não costumo engolir a saudade
assim seca igual
aspirina sem água
não costumo segurar o choro
quando ele vem verdadeiro
sorrateiro
de repente explode
não consigo entender o tempo das coisas
só sei que cada uma tem o seu
ritmo o seu
encadeamento o seu
desespero

Não esqueças nunca que te amo
em silêncio
e isso me dói por dentro
dói a saudade
e admito
com muita dor
e serenidade
admito fraca
livre
mansa

mas não estou em suas mãos
e nem você nas minhas
agora já são outras
outros ventos
outros sorrisos
outros amores
tão felizes
tão seus

oh, leão
pássaro
borboleta
como desamar assim
tão fácil
as jubas
e o canto
e as asas de liberdade?
como desamar
tão rápido
e cego
esquecer tudo

não há

só não esqueça
que o
mundo acaba em breve
e que eu te amo
assim
leve








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