segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Como é louco ver as pequenas coisas se encaixando em momentos tão distantes. Duas peças que se encaixam e se encontram depois. Em qualquer coisa da vida.
Como é louco se ler depois de tanto tempo. Vida louca vida, vida breve.
Continuo com as mesmas perguntas, a mesma carência, a mesma esperança, as mesmas dúvidas, os mesmos desejos, talvez de uma maneira um pouco diferente.
As vezes me dá uma vontade de chorar e choro baixinho com medo de eu mesma me ouvir, depois percebo que não é mal chorar, é bom, me conforta de certa maneira. e é chorar por nada, por dores pequenas que levamos sempre com muito cuidado pela vida. as vezes um desconforto (gástrico?), às vezes uma preguiça da vida e das coisas e das pessoas.
fim de ano é uma desgraça. não consigo conceber muitas coisas. queria tanto um abraço sincero tanto um beijo carinhoso um afago um olhar quente
mas parece que tudo escorre com essa chuva de verão, estamos todos líquidos escorrendo pelo ralo e bueiro ou entupidos por cabelos. paramos no nosso próprio lixo sentimental e nos enchemos com lama e urina de ratos enquanto deveríamos nos encher de amor e alegria e poesia e por do sol e música e cores e abraços homéricos. onde é que há amor nesse mundo? cadê nossos olhares?

"pra poesia que a gente não vive transformar o tédio em melodia"

 sabe, não há nada a se saber


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