segunda-feira, 18 de agosto de 2008

The Cure cura e a cena é a mesma

É fim de tarde e o sol projeta a sobra da minha cabeça na parede.
É segunda-feira e o dia anda tão entediado que nem eu me reconheço de tédio. Nunca senti o tédio como o estou sentindo agora.
Veja... tudo se repete. Enfadonhamente. O ciclo natural terrestre. O sol nasce e se põe. E o ciclo da água é o mesmo.
Dilatadamente nossa vida vai. Mas aí quando se ve já é tarde.
É fim de tarde e um ventinho frio começou a correr. Que bom,pelo menso aquele calor de inverno brasileiro já amenizou. País tropical é isso mesmo. Paciência.

Drip drip drip drip drip drip drip drip

Drops.
Veja...eu nem tenho mais aquela ânsia da vida.
Olhe lá,o passarinho nasce,aprende a voar e vem seu predador e ...acabou.
O maior predador do mundo.
O meu cabelo fica estranho nessa sombra. É que eu não penteei. Nunca o penteio.Besteira,não saio para lugar algum. E ele é interessante tendo vida própria. Nem eu tenho vida própria,olha só a vida que ele leva. Deixe-o livre.
Essas revistas de moda lucram em cima da sua feiura,meu bem. A publicidade é tão simples... só te fazem sentir mais feio e gordo,mesmo você pesando 45 quilos. Pa-ci-ên-ci-a.Eu é que não vou me submeter a essa euforia de inter-relação econômica e estética criada pela sociedade. A sociedade é da elite e o povo mesmo é que se dana.
Duas faces da mesma moeda.

Já é fim de tarde,e o sol é melancolicamente belo no seu repousar.
O silêncio e o canto dos pássaros.
São Paulo.
Ficar alguns minutos no trânsito respirando esse ar poluído é como se você tivesse fumado de 10 a 20 cigarros num dia. Morra.
(pelo menos sua mão não fica cheirando cigarro)
É morte lenta
é uma delícia
viva a vida.


Até o saco da pipoca doce está vazio.
Eu é que estou de saco cheio.
SINCERAMENTE

drip drip drip drip drip

a torneira.
É,eu ouvi isso numa música.

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