Era assim,normalzinha. Aos olhos de quem vê não é nada.É uma simples pessoa,uma menina que passa,que anda pela rua e pára olhar vitrines ou ver seu reflexo no vidro.Seu reflexo ofuscado pela luz do sol. O que ela pensa no momento,fica no ar,pairando,porque ela não consegue concluir os pensamentos e prefere não concluí-los mesmo. Ela só é.Vou dar um vestido marrom para ela;sei que sua cor predileta é o marrom. Marrom? Mar-ron? Tão encantadora. Nunca vi nínguém que gostasse de marrom. Não sei,mas o marrom é uma cor tão pobre e desfeita. Se fosse lá um amarelo claro,um azul piscina mas....marrom? Sim. É,oras. Talvez eu goste dela pelo fato de ela gostar dessa cor. Porque no fundo,ainda é engraçado e...ela é especial porque só ela gosta de marrom. Mais ninguém. Ela não precisa ficar discutindo com alguém que gosta de laranja,porque ela sempre vai gostar de marrom e quando for comprar um sapato,ele será marrom,e um lápis,ou uma camiseta...chocolate,sempre marrom. Não que ela negue outras cores,pois cada uma com sua beleza. Só que marrom foi sorteado. Então eu a imagino com uma roupa marrom. Única. Um laço marrom. Quem sabe se suas meias não são marrom? Inteira.
E não haveria graça mesmo se eu a visse comprando qualquer coisa que fosse vermelho. Mentira. Porque eu gosto de vermelho,e se fosse para ela comprar vermelho,que fosse para mim. E então seria duas cores: vermelho e marrom. E depois íamos adicionando mais. Vermelho,marrom e branco.Branco,vermelho,marrom e cinza. Alías,eu faria questão disso,pois sei que por ela só marrom completaria. Eu,que sou assim,um tanto chato e implicante,aceitaria.
Sim,porque não?
Marrom...!!!
...e se eu perguntasse para ela que animal ela seria?
- Cavalo.
Simples e linda assim.
Sabe,ela diz que adoraria correr pelo campo aberto e ter a crina comprida para balançar na hora da corrida,pra lá e pra cá,e o vento batendo.E não desejaria nada além,só correr e ter um pouco de comida e água.
Eu disse que queria ser um gato. Gatos são animaizinhos bonitos e geralmente todo mundo gosta,carrega no colo,faz carinho e adula bastante.Eu seria um gato branco,lindo,pomposo e exuberante.
Ela um cavalo,eu um gato. Sim,cavalo,não égua.
Mas aí ela morreu.
Feliz.... bem feliz.
Eu: não entreguei o vestido;não me escondo pelas esquinas para vê-la passar e se olhar na vitrine.
Ela: morte qualquer,porque ninguém sabe do que morre meninas assim;ou até sabem,mas é inútil.
Feliz,bem feliz...
O caixão era marrom.
A terra também.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Cru
É esse espírito poético
esse que vem em devaneios
planos abstratos no fundo dos fundos
do colo e líquido
no ponto de luz em meio a uma escuridão imensa
porque sem escuridão a luz não existe
E assim como não há palavras
sem insanidade
sem a faísca
se a alegria fosse eterna
não haveria tanta graça
de não conhecer a tristeza
que é bela nos seus momentos
de pura nudez
crua
absolutamente a essência
essência
tão no ponto
mas tão vasta
e é essência mesmo o último ponto dos pontos
o início
o puro
queria escrever com a pena
e a tinta num papel amarelo
queria escrever com a essência
de poetas
e únicos
desconhecidos
intrusos
e a alma sã
a cabeça sã
de tão louco que já é
porque além de tudo o desconhecido é também tão belo
o desconhecido de mim
do eu em mim
do eu em alguém
e de alguém em mim
ou só de um mesmo
mesmo mesmo
mesmo sendo
como aspirante
nada tem valor
tão real e lúcido
como os nossos
olhares
de vários ângulos
começando pelo triste
a faísca
esse que vem em devaneios
planos abstratos no fundo dos fundos
do colo e líquido
no ponto de luz em meio a uma escuridão imensa
porque sem escuridão a luz não existe
E assim como não há palavras
sem insanidade
sem a faísca
se a alegria fosse eterna
não haveria tanta graça
de não conhecer a tristeza
que é bela nos seus momentos
de pura nudez
crua
absolutamente a essência
essência
tão no ponto
mas tão vasta
e é essência mesmo o último ponto dos pontos
o início
o puro
queria escrever com a pena
e a tinta num papel amarelo
queria escrever com a essência
de poetas
e únicos
desconhecidos
intrusos
e a alma sã
a cabeça sã
de tão louco que já é
porque além de tudo o desconhecido é também tão belo
o desconhecido de mim
do eu em mim
do eu em alguém
e de alguém em mim
ou só de um mesmo
mesmo mesmo
mesmo sendo
como aspirante
nada tem valor
tão real e lúcido
como os nossos
olhares
de vários ângulos
começando pelo triste
a faísca
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Para alguém
Para esse alguém,que não conheço,que desfaço em pensamentos e deixo minhas linhas de palavras. Que se um dia eu chegue a te encontrar,nos façamos tão unidos como quando eu colo figuras num papel. Assim,de abraços,de olhares e silêncio. Assim de mordidas,palmas e frio. Estirado na areia,calculando estrelas que já morreram,mas ainda deixam sua luz brilhando.
E para esse alguém,repito,que ainda há de aparecer (caso não apareça continuará sendo alguém indiscutivelmente anônimo e interessante),com uma risadinha de fundo,meio tímida,quero que leia algum poeminha para recitá-lo baixinho,quando eu menos esperar.
Deixo explícito que, pode ser como for,prometo que lhe escreverei cartas e farei desenhos primitivos,futuristas,expressionistas a até surrealistas para você. Desenho-te com carvão,num papel A3. Com lápis B6 na capa de um caderno velho,desenho uma árvore;deixo assinado com o meu nome e uma recordação para você,você alguém.E peço que te entreguem,pois eu quero que apenas seus olhos mirem neles, e depois você faz o que quiser. Se jogará no lixo,amassará ou fará de combustível para a sua fogueira numa noite esplendorosa,não sei,pois ai não será mais de meus cuidados. Mas,queria muito que os guardasse.
Para alguém que tenha,sei lá,seu charme único,enfadonho,mas que seja individual. Que tenha um cabelo macio e que eu possa bagunçar quando nos abraçarmos. E que nem se importe se ele ficará feio,desarrumado ou calvo.
E eu fico pulando ondas,catando conchinhas na praia,e tentando pegar aqueles bichinhos do buraco na areia. E depois eu escrevo na areia molhada,com o dedo indicador,alguma frase,ou desenho um coração,até que chega a água e apaga.Mas eu insisto em fazer outro. Depois vem o tempo fechado,que deixa a praia com uma beleza extraordinária;uma mistura de cinza,com branco e azul fosco;que a maioria das pessoas insistem em chamá-lo de tempo ruim. Não entendo,mas pode ser que esse alguém goste de sol intenso,ou nem goste de praia. Digo que a praia tem sua beleza,no fim de tarde,quando o sol se põe e fica assim,um quadro laranja,amarelo,vermelho e lilás.
Deserta. Alguém deserto,lugar deserto,pois ninguém os conhece e eles lá têm sua beleza,porque se ninguém os conhece,aí então que eles se tornam mais interessantes.
Deixo também uma conchinha pequena,em cima da escrivaninha do meu quarto. Caso esse alguém entre,a veja rápido e pegue achando que é o presente mais caro do mundo.E é um dos presentes mais caros do mundo,porque além de tudo,meus sentimentos estão ali.E não importa valor em reais ou dólares,pois aquela conchinha tem toda uma história antes de repousar na minha escrivaninha.
Se eu nunca te encontrar,ou se nos encontrarmos mesmo e eu não saiba,eu te deixo as minhas palavras. E que meus dias futuros continuarão indo e você esteja no ponto de ônibus com uma mochila nas costas,ou uma pasta na mão ou sem nada mesmo olhando os meninos jogarem bola. Ou penteando os cabelos,arrumando-se e perfumando-se para ver outro alguém,esse alguém segundo que teve a chance olhar em teus olhos e beijá-los talvez.
Já tenho ciúmes dos que não te conhecem e verão tua beleza,tua alma linda,assim como a minha pessoa que ainda não te viu.
E para esse alguém,repito,que ainda há de aparecer (caso não apareça continuará sendo alguém indiscutivelmente anônimo e interessante),com uma risadinha de fundo,meio tímida,quero que leia algum poeminha para recitá-lo baixinho,quando eu menos esperar.
Deixo explícito que, pode ser como for,prometo que lhe escreverei cartas e farei desenhos primitivos,futuristas,expressionistas a até surrealistas para você. Desenho-te com carvão,num papel A3. Com lápis B6 na capa de um caderno velho,desenho uma árvore;deixo assinado com o meu nome e uma recordação para você,você alguém.E peço que te entreguem,pois eu quero que apenas seus olhos mirem neles, e depois você faz o que quiser. Se jogará no lixo,amassará ou fará de combustível para a sua fogueira numa noite esplendorosa,não sei,pois ai não será mais de meus cuidados. Mas,queria muito que os guardasse.
Para alguém que tenha,sei lá,seu charme único,enfadonho,mas que seja individual. Que tenha um cabelo macio e que eu possa bagunçar quando nos abraçarmos. E que nem se importe se ele ficará feio,desarrumado ou calvo.
E eu fico pulando ondas,catando conchinhas na praia,e tentando pegar aqueles bichinhos do buraco na areia. E depois eu escrevo na areia molhada,com o dedo indicador,alguma frase,ou desenho um coração,até que chega a água e apaga.Mas eu insisto em fazer outro. Depois vem o tempo fechado,que deixa a praia com uma beleza extraordinária;uma mistura de cinza,com branco e azul fosco;que a maioria das pessoas insistem em chamá-lo de tempo ruim. Não entendo,mas pode ser que esse alguém goste de sol intenso,ou nem goste de praia. Digo que a praia tem sua beleza,no fim de tarde,quando o sol se põe e fica assim,um quadro laranja,amarelo,vermelho e lilás.
Deserta. Alguém deserto,lugar deserto,pois ninguém os conhece e eles lá têm sua beleza,porque se ninguém os conhece,aí então que eles se tornam mais interessantes.
Deixo também uma conchinha pequena,em cima da escrivaninha do meu quarto. Caso esse alguém entre,a veja rápido e pegue achando que é o presente mais caro do mundo.E é um dos presentes mais caros do mundo,porque além de tudo,meus sentimentos estão ali.E não importa valor em reais ou dólares,pois aquela conchinha tem toda uma história antes de repousar na minha escrivaninha.
Se eu nunca te encontrar,ou se nos encontrarmos mesmo e eu não saiba,eu te deixo as minhas palavras. E que meus dias futuros continuarão indo e você esteja no ponto de ônibus com uma mochila nas costas,ou uma pasta na mão ou sem nada mesmo olhando os meninos jogarem bola. Ou penteando os cabelos,arrumando-se e perfumando-se para ver outro alguém,esse alguém segundo que teve a chance olhar em teus olhos e beijá-los talvez.
Já tenho ciúmes dos que não te conhecem e verão tua beleza,tua alma linda,assim como a minha pessoa que ainda não te viu.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Percais (logo e demorado)
"Se já perdemos a noção da hora"
Perdemos a noção de tudo;
eu perdi noções e,ganhei outras.
E ganho tantas coisas... e perco poucas
poucas tantas e tantas outras.
(ganharei,ainda,coisas que desconheço)
E perderei pessoas.
Vou perdendo aos poucos a minha mãe,o meu melhor amigo,o perfume que mais gosto.
Perco em uma partida de xadrez,a minha avó com seus olhinhos murchos,
e vou perdendo aos poucos o meu cabelo,a minha mocidade...
extravasa a minha razão,e a perco mesmo
e deixo o coração agir instintivamente por muito tempo
como se não houvesse consequências
porque eu também perdi a noção de como viver
do que é viver;
a noção de realidade em geral
como se todo mundo possuísse uma mesma reta
e eu não fosse um ponto na circunferência
terrena
em um ponto porém,há outros e outros infinitamente
pontos e mais pontos;
e essa razão se perde
perde-se o cálculo longo de quantos pontos possui um ponto
de quantas vidas uma só possui
de quantos amores,e tristezas
um coração pode suportar
de quantos traumas,tragédias,tempo
um indivíduo tem.
Insanidade só se ganha
perde-se a confiança
(que leva uma vida inteira)
foge do útero e perde a essência da vida
da mãe que te embalou
porque ela também perdeu o poder
de só ela ter o filho
que logo seria do mundo,
que foi ganhando carinho,força para suportar
e depois perder
e voltar para o útero da terra
o cio da terra que o guarda.
Como se perder fosse unicamente aquilo que devíamos suportar
...e é unicamente o que devemos suportar.
Perdemos a noção de tudo;
eu perdi noções e,ganhei outras.
E ganho tantas coisas... e perco poucas
poucas tantas e tantas outras.
(ganharei,ainda,coisas que desconheço)
E perderei pessoas.
Vou perdendo aos poucos a minha mãe,o meu melhor amigo,o perfume que mais gosto.
Perco em uma partida de xadrez,a minha avó com seus olhinhos murchos,
e vou perdendo aos poucos o meu cabelo,a minha mocidade...
extravasa a minha razão,e a perco mesmo
e deixo o coração agir instintivamente por muito tempo
como se não houvesse consequências
porque eu também perdi a noção de como viver
do que é viver;
a noção de realidade em geral
como se todo mundo possuísse uma mesma reta
e eu não fosse um ponto na circunferência
terrena
em um ponto porém,há outros e outros infinitamente
pontos e mais pontos;
e essa razão se perde
perde-se o cálculo longo de quantos pontos possui um ponto
de quantas vidas uma só possui
de quantos amores,e tristezas
um coração pode suportar
de quantos traumas,tragédias,tempo
um indivíduo tem.
Insanidade só se ganha
perde-se a confiança
(que leva uma vida inteira)
foge do útero e perde a essência da vida
da mãe que te embalou
porque ela também perdeu o poder
de só ela ter o filho
que logo seria do mundo,
que foi ganhando carinho,força para suportar
e depois perder
e voltar para o útero da terra
o cio da terra que o guarda.
Como se perder fosse unicamente aquilo que devíamos suportar
...e é unicamente o que devemos suportar.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Bem-me-quer, olhar.
Hoje eu quero alguma coisa,que eu não imagino o que seja.
E quero não ir em algum lugar,ficar em casa,distrair-me comigo mesma,dormir.
O que espero para ser,nunca é.
Talvez eu tenha anotado os meus sonhos e planos para o futuro,mas nunca tive planos para agora. E o agora também é tão distante;o tempo passa como nunca antes passou.O tempo é egoísta,e quando o perturbamos,ele se vinga. Porque apesar de tudo,o tempo sabe o que faz. Não,não ele não sabe o que faz,porque ele é apenas O tempo. E não possui qualquer sentimento,dúvida e amor. Apenas passa,mas é para sempre. E o que a minha vida é,nesse todo infinito e constante,não passa de uma ínfima milésima parte de tudo.Não passa de um sopro de vida.Tudo acaba como uma bomba nuclear,e deixamos de existir num piscar de olhos de uma criança que acaba de nascer;e ela ainda não sabe o que a espera num mal-me-quer vital. Bem-me-quer para os que olham para trás e vêem que nem tudo é em vão. Bem-me quer se você me quisesse,se todos quisessem um bem,não precisa ser "me quer",mas um bem-te-quer,um bem-nos-quer,bem-te-fazer-feliz,-bem-sorrir,bem-te-abraçar-bem-forte...um BEM-GRANDÃO-DE-AMOR-E-COMPREENSÃO,para depois ter um bem-dormir.
Porque o que realmente conta sãos os bens que possuímos,apesar do grande mal que cometemos e recebemos. Um bem todo charmoso depois de um reencontro com um amigo.Um bem de um beijo,nos rosto,na boca,na testa,no olho...
Aprendi que beijo no olho,nos faz primeiramente de uma grande aceitação.É um beijo no olho,se quiser que uma pessoa se apaixone. Assim,apaixonando. E porque no olho?
Se vejo coisas que não me agradam,se vejo só desgraça e intolerância,desamor,incompreensão.Se também sinto infinitas coisas que o meu olho vê. Mas os olhos são a entrada da alma. O brilho eterno de uma alma. O que uma pessoa não fala,ela encena com um olhar. E há aqueles olhos que penetram e fincam na sua pele.
Não,não recebi beijo no olho. Já tentei beijar o meu próprio e,descobri que nem tudo é de verdade,nem tudo é sinceridade,nem o meu auto beijo inalcançável. Mas ainda creio em um só beijo e um só olhar. Se o olhar que me pertence te cativa,então posso dizer que já temos uma ligação tão grande quanto se nós tivéssemos uma grande história.
E quero não ir em algum lugar,ficar em casa,distrair-me comigo mesma,dormir.
O que espero para ser,nunca é.
Talvez eu tenha anotado os meus sonhos e planos para o futuro,mas nunca tive planos para agora. E o agora também é tão distante;o tempo passa como nunca antes passou.O tempo é egoísta,e quando o perturbamos,ele se vinga. Porque apesar de tudo,o tempo sabe o que faz. Não,não ele não sabe o que faz,porque ele é apenas O tempo. E não possui qualquer sentimento,dúvida e amor. Apenas passa,mas é para sempre. E o que a minha vida é,nesse todo infinito e constante,não passa de uma ínfima milésima parte de tudo.Não passa de um sopro de vida.Tudo acaba como uma bomba nuclear,e deixamos de existir num piscar de olhos de uma criança que acaba de nascer;e ela ainda não sabe o que a espera num mal-me-quer vital. Bem-me-quer para os que olham para trás e vêem que nem tudo é em vão. Bem-me quer se você me quisesse,se todos quisessem um bem,não precisa ser "me quer",mas um bem-te-quer,um bem-nos-quer,bem-te-fazer-feliz,-bem-sorrir,bem-te-abraçar-bem-forte...um BEM-GRANDÃO-DE-AMOR-E-COMPREENSÃO,para depois ter um bem-dormir.
Porque o que realmente conta sãos os bens que possuímos,apesar do grande mal que cometemos e recebemos. Um bem todo charmoso depois de um reencontro com um amigo.Um bem de um beijo,nos rosto,na boca,na testa,no olho...
Aprendi que beijo no olho,nos faz primeiramente de uma grande aceitação.É um beijo no olho,se quiser que uma pessoa se apaixone. Assim,apaixonando. E porque no olho?
Se vejo coisas que não me agradam,se vejo só desgraça e intolerância,desamor,incompreensão.Se também sinto infinitas coisas que o meu olho vê. Mas os olhos são a entrada da alma. O brilho eterno de uma alma. O que uma pessoa não fala,ela encena com um olhar. E há aqueles olhos que penetram e fincam na sua pele.
Não,não recebi beijo no olho. Já tentei beijar o meu próprio e,descobri que nem tudo é de verdade,nem tudo é sinceridade,nem o meu auto beijo inalcançável. Mas ainda creio em um só beijo e um só olhar. Se o olhar que me pertence te cativa,então posso dizer que já temos uma ligação tão grande quanto se nós tivéssemos uma grande história.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Um sorriso,simples assim.
E mais um dia de escritas quasepsicografadas por meu próprio espírito.Na verdade não tenho uma idéia fixa do que postar,portanto sempre sai coisas aleatórias e avulsas. Creio que isso me deixa mais solta,e além de tudo,se eu quisesse textos esculpidos colocaria em um outro blog(que é o que estou tentando fazer).
Outra: a maioria de pessoas que lê isso,sou eu mesma. É uma forma,portanto de alívio. Alívio imediato.
Nem sempre...que isso esteja bem claro. Tanto que não importa para terceiros (ou segundos) sobre meus pensamentos vagos de uma adolescente confusa sobre mil e uma coisas terrenas,vitais e espirituais.Dúvidas.
Abrindo lugar para dizer que hoje,ao andar de ônibus,voltando para a casa,depois de mais um dia de aula,lá estava eu sentada,lendo sobre a decadência do populismo na década de 60 e começo do Regime militar. Quando entra uma menina no ônibus. E você me pergunta: O que isso tem a ver com o Regime Militar? Nada.Absolutamente nada. O fato é que,ao olhar para a menina,vi que ela tinha um sorriso tão lindo. É que,em plena terça-feira,à tarde,andando de onibus,tempo fechado e feio e ela parecia que estava tão feliz. E devia estar mesmo,porque ela não parava de sorrir. Não sei se ela sorria pelo assunto com os demais,ou atoa mesmo. Resumindo: Que além do sorriso bonito,ela me fez sorrir também.E ela nem me conhecia,e nem tenha notado que ela me fez bem naquele momento.Não importa. Devemos estar sempre de bom humor,sorrindo e saltitante,pois sempre vai ter alguém te observando.Fora,dentro,onde quer que esteja.E essa empatia é natural. Ao mesmo quando se vê uma pessoa triste,ou doente,a energia não é a mesma de quando se observa uma menina sorrindo no ônibus que sacode.
Lições de vida que não se aprende num livro de escola,nem lendo sobre AI-1,2,3,4,5 ou a puta que pariu.E o que importa nesse momento se Jango caiu no golpe dos militares. Vivo e aprendo comigo,com as pessoas e por momentos que podiam ter passado despercebido.Mas creio que são momentos como esse que realmente devem ser observados.
Expresso minha intensa alegria para a menina do sorriso bonito.
Sem mais
:D
Outra: a maioria de pessoas que lê isso,sou eu mesma. É uma forma,portanto de alívio. Alívio imediato.
Nem sempre...que isso esteja bem claro. Tanto que não importa para terceiros (ou segundos) sobre meus pensamentos vagos de uma adolescente confusa sobre mil e uma coisas terrenas,vitais e espirituais.Dúvidas.
Abrindo lugar para dizer que hoje,ao andar de ônibus,voltando para a casa,depois de mais um dia de aula,lá estava eu sentada,lendo sobre a decadência do populismo na década de 60 e começo do Regime militar. Quando entra uma menina no ônibus. E você me pergunta: O que isso tem a ver com o Regime Militar? Nada.Absolutamente nada. O fato é que,ao olhar para a menina,vi que ela tinha um sorriso tão lindo. É que,em plena terça-feira,à tarde,andando de onibus,tempo fechado e feio e ela parecia que estava tão feliz. E devia estar mesmo,porque ela não parava de sorrir. Não sei se ela sorria pelo assunto com os demais,ou atoa mesmo. Resumindo: Que além do sorriso bonito,ela me fez sorrir também.E ela nem me conhecia,e nem tenha notado que ela me fez bem naquele momento.Não importa. Devemos estar sempre de bom humor,sorrindo e saltitante,pois sempre vai ter alguém te observando.Fora,dentro,onde quer que esteja.E essa empatia é natural. Ao mesmo quando se vê uma pessoa triste,ou doente,a energia não é a mesma de quando se observa uma menina sorrindo no ônibus que sacode.
Lições de vida que não se aprende num livro de escola,nem lendo sobre AI-1,2,3,4,5 ou a puta que pariu.E o que importa nesse momento se Jango caiu no golpe dos militares. Vivo e aprendo comigo,com as pessoas e por momentos que podiam ter passado despercebido.Mas creio que são momentos como esse que realmente devem ser observados.
Expresso minha intensa alegria para a menina do sorriso bonito.
Sem mais
:D
domingo, 11 de novembro de 2007
sábado, 10 de novembro de 2007
Teodorinho,menino.
Ai ai (um suspiro com voz de menininha).
E Teodoro caiu.
Você conhece Teodoro?
"Teodoro - Te adoro."
Não o conheço.
Quem o conhece é uma menina que mora na rua de trás da outra menina,que também conhece Teodoro.
Elisangela e Margarete.
"Margarete, quer chicrete?"
E tinha dito que ele havia caido.
E caiu mesmo.
"Elisangela,você gosta de botão?"
Mas ele tinha caido. Elas não têm nada com isso.
A Margarete ficou mascando chiclete,de tutti-frutti.
E Teodoro levantou,todo molhado,por causa da poça d'água.
E não,Elisangela nunca pensou se gostava de botões.Talvez gostasse,talvez não.Isso não fazia a menor diferença.
Margarete foi embora.
Elisangela caiu.
Teodoro,te adoro.
E Teodoro caiu.
Você conhece Teodoro?
"Teodoro - Te adoro."
Não o conheço.
Quem o conhece é uma menina que mora na rua de trás da outra menina,que também conhece Teodoro.
Elisangela e Margarete.
"Margarete, quer chicrete?"
E tinha dito que ele havia caido.
E caiu mesmo.
"Elisangela,você gosta de botão?"
Mas ele tinha caido. Elas não têm nada com isso.
A Margarete ficou mascando chiclete,de tutti-frutti.
E Teodoro levantou,todo molhado,por causa da poça d'água.
E não,Elisangela nunca pensou se gostava de botões.Talvez gostasse,talvez não.Isso não fazia a menor diferença.
Margarete foi embora.
Elisangela caiu.
Teodoro,te adoro.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
E ficou...
Sinto-me.
Simples assim....como uma verdadeira Cássia.
Não,verdadeira não,mas não superficial, e sim algo bom dentro de mim.
O meu verdadeiro pode ser várias nuances de comportamento,oscilações.
E essa parte deixa-me confortada.
E eu fico,fico na rua,pelo chão,no vento...tudo um pouco.E fica um pouco de rua em mim,um pouco da minha amiga,um pouco do cansaço e do sorriso.
E eu sou uma porção de fatos e pessoas.Uma mistura de idéias e pensamentos,e átomo,células,sangue,alma.Sou.
E os outros são um pouco de mim. E tem o meu andar naquela calçada.
Tem também uma palavra minha no caderno de alguém,e um abraço que fica para sempre.
Tem meu sorriso,tem meu perfume na blusa,um cabelo no chão.
Tem minhas digitais em algum copo sujo.Minha saliva de um beijo,de uma mordida e em uma colher.
Há também algumas palavras que pronunciei,duras ou doces,sensíveis,amargas,pândegas.
Há um pouco do sorriso da minha mãe em mim,da beleza do meu pai.Há também a chatice e amor do meu irmão. E há um pouco da minha ignorância,do meu jeito em cada um.
Os olhos da minha avó,que hoje já não são como antes. Estão mais murchinhos e continuam ainda tendo aquele brilho intenso de uma sabedoria imensa.De uma vivência inimaginável na minha memória.
A garra e ensinamento dos meus avôs. Que brincaram e me carregaram no colo,como se eu fosse a coisa mais importante naquele momento. Eu ainda não sabia que quando eu crescesse daria por falta. De um que se foi,mas o outro continua,com os óculos,o cabelo penteado,a graça e o encantamento que só ele sabe ter. Uma educação sem igual.
E os meus amigos que guardo com todo,mas todo o carinho e saudade do mundo. Há em mim o que é de melhor deles,e há neles o meu amor. Há aqueles também que eu nunca mais vi,e vem ainda hoje a lembrança daquela noite que foi tão especial.Há aqueles que me vêem todo dia e eu sei que daqui um tempo não os verei mais. E há em mim pessoas que eu nem conheço,que falei um simples Oi,que acenei na outra rua. Pessoas que eu encontrei quando estava viajando.Lembro-me de um senhor que conheci uma vez quando estava caminhando pela praia. Já era fim de tarde e estava ventando muito.O vi tirando aqueles bichinhos que deixam um buraquinho na areia,que sempre me escapam o nome. Então conversamos por um certo tempo.Fui embora.E a lembrança desse senhor ainda fica em mim. Assim como tantas outras.
E ficou a minha pegada naquelas areias,o voar do meu cabelo naquele vento.
Há um pouco de mim aqui.Não tudo,pois o todo se desfaz em minúsculas partículas.
E o que é de mim não é meu. É da vida...do agora que depois se transforma em momento e resíduo.É daquela pessoa que me viu passando,assoviando uma cançãozinha qualquer.
E esse papel de chocolate em cima da mesa já bancou influência.
A música que está tocando.
O telefone que acabou de tocar.
Os meus dedos.
Esse momento....que agora já passou.Mas está lá registrado. E também já passou.
E passou esse também...
e mais esse
e esse
ali
aqui
olha só.
Ficando...está ficando em você. Estou ficando em você,na sua íris,nas sinapses.
Quem sabe se já não ficou uma gota do seu suor em mim e uma lágrima minha em você?
E se eu passar sem ficar foi porque não aconteceu.Eu não estive.
Estou aqui agora.
Agora...
que já se foi.
Mas eu fico.
Simples assim....como uma verdadeira Cássia.
Não,verdadeira não,mas não superficial, e sim algo bom dentro de mim.
O meu verdadeiro pode ser várias nuances de comportamento,oscilações.
E essa parte deixa-me confortada.
E eu fico,fico na rua,pelo chão,no vento...tudo um pouco.E fica um pouco de rua em mim,um pouco da minha amiga,um pouco do cansaço e do sorriso.
E eu sou uma porção de fatos e pessoas.Uma mistura de idéias e pensamentos,e átomo,células,sangue,alma.Sou.
E os outros são um pouco de mim. E tem o meu andar naquela calçada.
Tem também uma palavra minha no caderno de alguém,e um abraço que fica para sempre.
Tem meu sorriso,tem meu perfume na blusa,um cabelo no chão.
Tem minhas digitais em algum copo sujo.Minha saliva de um beijo,de uma mordida e em uma colher.
Há também algumas palavras que pronunciei,duras ou doces,sensíveis,amargas,pândegas.
Há um pouco do sorriso da minha mãe em mim,da beleza do meu pai.Há também a chatice e amor do meu irmão. E há um pouco da minha ignorância,do meu jeito em cada um.
Os olhos da minha avó,que hoje já não são como antes. Estão mais murchinhos e continuam ainda tendo aquele brilho intenso de uma sabedoria imensa.De uma vivência inimaginável na minha memória.
A garra e ensinamento dos meus avôs. Que brincaram e me carregaram no colo,como se eu fosse a coisa mais importante naquele momento. Eu ainda não sabia que quando eu crescesse daria por falta. De um que se foi,mas o outro continua,com os óculos,o cabelo penteado,a graça e o encantamento que só ele sabe ter. Uma educação sem igual.
E os meus amigos que guardo com todo,mas todo o carinho e saudade do mundo. Há em mim o que é de melhor deles,e há neles o meu amor. Há aqueles também que eu nunca mais vi,e vem ainda hoje a lembrança daquela noite que foi tão especial.Há aqueles que me vêem todo dia e eu sei que daqui um tempo não os verei mais. E há em mim pessoas que eu nem conheço,que falei um simples Oi,que acenei na outra rua. Pessoas que eu encontrei quando estava viajando.Lembro-me de um senhor que conheci uma vez quando estava caminhando pela praia. Já era fim de tarde e estava ventando muito.O vi tirando aqueles bichinhos que deixam um buraquinho na areia,que sempre me escapam o nome. Então conversamos por um certo tempo.Fui embora.E a lembrança desse senhor ainda fica em mim. Assim como tantas outras.
E ficou a minha pegada naquelas areias,o voar do meu cabelo naquele vento.
Há um pouco de mim aqui.Não tudo,pois o todo se desfaz em minúsculas partículas.
E o que é de mim não é meu. É da vida...do agora que depois se transforma em momento e resíduo.É daquela pessoa que me viu passando,assoviando uma cançãozinha qualquer.
E esse papel de chocolate em cima da mesa já bancou influência.
A música que está tocando.
O telefone que acabou de tocar.
Os meus dedos.
Esse momento....que agora já passou.Mas está lá registrado. E também já passou.
E passou esse também...
e mais esse
e esse
ali
aqui
olha só.
Ficando...está ficando em você. Estou ficando em você,na sua íris,nas sinapses.
Quem sabe se já não ficou uma gota do seu suor em mim e uma lágrima minha em você?
E se eu passar sem ficar foi porque não aconteceu.Eu não estive.
Estou aqui agora.
Agora...
que já se foi.
Mas eu fico.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Desejo mais sensível
Eu quero todos os abraços do mundo
quero os sorrisos mais belos
no meu poder de visão.
E quero o vento no rosto
nem que o cabelo embarace
e quero sentir as mãos macias
e calejadas
o cheiro de mata,de água
quero a água mais limpa
e limpa
que limpa meu rosto e minha alma.
Eu quero só um abraço que valha por todos
pelo menos por enquanto,
enquanto eu não conquistar o mundo inteirinho.
quero os sorrisos mais belos
no meu poder de visão.
E quero o vento no rosto
nem que o cabelo embarace
e quero sentir as mãos macias
e calejadas
o cheiro de mata,de água
quero a água mais limpa
e limpa
que limpa meu rosto e minha alma.
Eu quero só um abraço que valha por todos
pelo menos por enquanto,
enquanto eu não conquistar o mundo inteirinho.
sábado, 3 de novembro de 2007
Além
Capaz?
Você é capaz de se lambusar de sorvete sem se importar com a sujeira que vai fazer na sua roupa?
Você é capaz de chupar o macarrão cheio de molho num restaurante chique só por que acha engraçado, e sem ligar para a opinião dos outros?
Você é capaz de receber uma sorvetada na testa e ao invés de brigar, rir istericamente?
Você é capaz de mostrar a bunda na rua?
Você é capaz de olhar pro seu lado, e ver que tem alguém ali e que você pode fazer alguma coisa por essa pessoa?
Você é capaz de chutar latinha na rua, achando que é uma bola?
Você é capaz de tomar banho de chuva, por vontade própria?
Você é capaz de rasgar dinheiro, pra sentir, nem que seja por um segundo, livre do capitalismo?
Você é capaz de cagar de porta aberta?
Você é capaz de comer uma folha de sei lá o que,só por desafio e diversão?
Você é capaz de se levantar, dentro do ônibus,e ceder o seu lugar para uma senhora, mesmo Você estando moido pela viagem?
Você é capaz de tirar meleca do nariz em qualquer lugar?
Você é capaz de conversar com uma girafa psicóloga, mesmo não a vendo?
Você é capaz de falar com as coisas que você tem?
Você é capaz de viver?
Você é capaz de largar tudo por um sonho,mesmo sem ter certeza de que vai conseguir?
Você é capaz de me propor um desafio interessante?
Você é capaz?
Capaz de olhar tudo de maneira diferente?
Desafie - se (me).
[ créditos: o Vento,pelo qual sinto um amor inexplicável,um carinho sublime e uma amizade eternamente grata ]
Você é capaz de chupar o macarrão cheio de molho num restaurante chique só por que acha engraçado, e sem ligar para a opinião dos outros?
Você é capaz de receber uma sorvetada na testa e ao invés de brigar, rir istericamente?
Você é capaz de mostrar a bunda na rua?
Você é capaz de olhar pro seu lado, e ver que tem alguém ali e que você pode fazer alguma coisa por essa pessoa?
Você é capaz de chutar latinha na rua, achando que é uma bola?
Você é capaz de tomar banho de chuva, por vontade própria?
Você é capaz de rasgar dinheiro, pra sentir, nem que seja por um segundo, livre do capitalismo?
Você é capaz de cagar de porta aberta?
Você é capaz de comer uma folha de sei lá o que,só por desafio e diversão?
Você é capaz de se levantar, dentro do ônibus,e ceder o seu lugar para uma senhora, mesmo Você estando moido pela viagem?
Você é capaz de tirar meleca do nariz em qualquer lugar?
Você é capaz de conversar com uma girafa psicóloga, mesmo não a vendo?
Você é capaz de falar com as coisas que você tem?
Você é capaz de viver?
Você é capaz de largar tudo por um sonho,mesmo sem ter certeza de que vai conseguir?
Você é capaz de me propor um desafio interessante?
Você é capaz?
Capaz de olhar tudo de maneira diferente?
Desafie - se (me).
[ créditos: o Vento,pelo qual sinto um amor inexplicável,um carinho sublime e uma amizade eternamente grata ]
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