quarta-feira, 5 de setembro de 2012

opa, vamos lá, repita comigo

"tenho repetido que, no que depender de mim, me recuso a ser infeliz"

eu ganhei uma rosa de um tiozinho que vende rosas pelos bares da cidade. eu pedi a ele uma rosa e ele me deu, rosa cheirosa, e também me deu um beijo na testa. que singelo simples cativante

*

agora, quer saber, enfia no cu o seu medo e essa sua submissão social
eu vou ficar aqui com essa porra desse blogue dessas palavras sujas encardidas solitárias
eu to pouco me fodendo pra tudo isso se o gás acabou se seu dinheiro não é suficiente
se o sistema não vai mudar nunca e daí, cara? e daí? eu não quero viver nessa porcaria nessa merda padronização enfadonha
não quero saber da sua heterossexualidade do seu status quo do seu emprego que te paga bem não quero saber da sua família to pouco me lixando pra porra dessa imagem que você criou
do seu esconderijo fétido do seu medo de todos os medos de todas pessoas juntas eu quero que caia no ralo e vá até o esgoto junto com suas caras feias seus cheiros de gente bonicta sua camisa engomada sua botinha da nike e a porra do seu espelho que levanta seu ego nas nuvens coitadas das nuvens eu quero esquecer de toda a sacanagem que tem nesse mundo das pessoas frias do egoísmo do esnobe
nao quero saber da sua monogamia do seu amor destruído seu coração partido da minha meia fedida do seu cabelo que é nova moda no mundo todo na augusta toda vocês todos tão sem sal tão sem graça vis mentirosos ilusionistas
a boca vermelha de batom a bunda redonda a bunda mais bonicta da cidade
eu quero saber de nada
nem de ninguém desde jesus até o candidato a eleição tudo isso me enoja me enfadonha me irrita
as pessoas me irritam com seus sorrisos amarelos seus abraços falsos suas mãos pingando um tempo que não se segura nem nunca se segurou essa fatalidade cotidiana que nos cerca o tempo todo
a cada minuto
essa deselegância de gente de falta de educação de falta de humanidade
de falta de tudo e sobra tudo ao mesmo tempo
engula todos os seus papos infames sua vida de merda
como a minha vida de merda
e todo mundo junto
paralelamente
que se agarra fundo naquela rosa em todos os abraços dados na vida toda
pra quê?
se a gente se destrói em uma noite
mas não há lágrimas não há nem dor só um desespero de não se desesperar com nada
e ser tudo incrivelmente absurdo como coisa natural
uma ironia eterna da vida



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