quarta-feira, 31 de outubro de 2012

se na bagunça do teu coração
meu sangue errou de veia e se perdeu

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Suspeito, muito suspeito
mas estamos aí
a vida nos chama
por que não?


domingo, 28 de outubro de 2012

mandinga

oh
ooohhhhhh
hahahahahahhaa
a vida às vezes é tão gostosa
mas tão gostosa
mas tãããããão gostosa
que eu nem sei o que dizer


já escrevi no papel tudo que eu quero
um beijo nele

amém

sábado, 27 de outubro de 2012

ela tem olhos lindos e marcantes
e uma boca com um lindo desenho
e um olhar consistente e meigo
e um sorriso gostoso

e finalizou a cena
que parecia de cinema
com o mais lindo texto já
pronunciado

parei na escada olhei pra trás

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Ninguém me manda cartas falando obscenidades, me contando se teve uma trepada boa com alguém, daí não paro de pensar naqueles seios morenos, aquele beijo gostoso pra caralho, sabe, é difícil encontrar alguém que beija divinamente bem, aquele beijo que envolve muito bem as duas línguas e o movimento e a mão e o pescoço e o queixo daí ela chupa sua língua e oh beibi quanto tesão você me deixa, beibi beibi beibi
abri os olhos na hora do beijo tenho mania de fazer isso e ela abriu também eu já tava pirando ela me disse "nossa, como você está quente", eu estava borbulhando de tesão pensei "você é muito safada que não vai trepar comigo hoje e vai me deixar esperando até eu explodir infinitamente dessa porra ou acaba a minha paciência e nunca mais te mando mensagem ou..." elas sabem o que elas fazem, e mandei mensagem liguei e acho que não sossegaria enquanto não trepasse com ela e visse toda aquela língua maravilhosa que deus deu a ela passando por todo meu corpo e pelo meu pescoço e pela minha orelha e ela gemesse bem gostoso no meu ouvido oh oh oh ahhhh pleft pleft pleft
que até uma menina de 17 anos faz também bem gostoso gemer assim no ouvido mas aquela não beijava tão bem na verdade não foi dos melhores beijos mas ela tinha um fogo e suava e colocava minha mão entre as pernas dela desesperada e enfiava fundo a língua na minha garganta que eu precisava parar pra respirar ela subia em cima de mim e me beijava com tanta sede aquelas pernas lindas e gostosas os seios fartos quase pulando na minha cara e pedindo pra serem beijados oh brotinho você é uma delícia essa boca esse batom vermelho que saiu depois de toda essa euforia deliciosa e ela me olhava nos olhos enquanto conversávamos e sorria de leve com a boca sorriso lindo toda trabalhada esculpida deliciosa que broto
e só de pensar na loira da biblioteca, pera, são duas loiras da biblioteca, mas de bibliotecas diferentes enfim a loira da biblioteca que é mais loira que a outra loira da biblioteca e essa loira menos loira é uma que fica estudando o dia todo na biblioteca e tem um gingado delicioso mas já tem um cara trepando com ela algum qualquer com cara de sou-um-descolado-intelectual-com-camisa-bem-engomada e que deve adorar adorno e essa porra toda de ciências sociais porque eu deduzo que eles façam ciencias sociais ou filosofia foda-se. eu to falando da loira mais loira da biblioteca, cara, que mulher bonicta... e antipática mas enquanto eu lia o senhor bukowski (tudo aqui se explica) na biblioteca ela atendia duas moças e ficou com a bunda bem virada pra mim o que é inevitável e todos os outros pareciam mergulhados nos seus livros enfadonhos provavelmente sobre o Mário de Andrade porque as pessoas acham genial o senhor mário de andrade que você já se enfadonha só de ouvir dizer o que não dá vontade de ler mas aquele poema do tietê é realmente muito lindo assim declamado e nada mais nada mais os senhores enfadonhos mergulhados nas suas teses todas todas todas sobre mário ou oswald ou qualquer outro modernista notável que você nunca leu e acha genial e digo genial era aquela loira na sua calça jeans azul e no seu salto verde/laranja mas foda-se também ela é antipática mas... deve gemer bem gostoso
seu sotaque é muito gostoso vai fala aqui no meu ouvido melhor não fala não me beija logo ela falava que meu sorriso era muito bonicto e ficava me olhando e pedia pra eu rir e eu ficava sem graça e daí ela se aconchegava junto de mim de modo que meus braços a envolviam e seu pescoço ficava bem na minha boca e claro minha senhora que minha boca iria beijá-lo e eu sentia a respiração dela mais ofegante quanto mais eu lambia aquele pescoço mais ela ficava eufórica e beijava a nuca e a apertava contra mim e dava pra ver seus seios palpitando dentro do sutiã morenos e quentes e macios eu suava de tesão
céus deuses do céo como voces se divertem na nossa ousadia e como eu me divirto com toda essa agitação da nossa cidade estúpida e cinza e bela em dias nublados os seus carros os seus brotos querendo um pouco de amor e atenção e muito sexo os deuses riam da minha cara e sabem toda essa baboseira bléblé blé
todos sabem muito bem da nossa condição humana que eu não quero nem um pouco discutir
e que todos estamos cansados e ousados e tímidos ao mesmo tempo diria clarice
e ninguém me mandou carta nenhuma com assinatura falando que quer trepar comigo mas quando isso acontecer o que duvido muito vou abrir uma garrafa de champagne e estourar na lâmpada e molhar meu corpo todo clap clap clap clap todos batem palmas enquanto ficam chupando seus dedos molhados de amor e ternura e paixão e chuva
aquela língua sabe muito bem como envolve outra num beijo molhado que sabe como deixar alguém muito quente e ofegante
e tudo bem também


vida louca vida

Hoje acordei 12h30. Dormi deliciosamente, um sono gostoso, alguns sonhos estranhos, mas nada demais.
Depois de um dia cansativo e reflexivo, minha noite ontem foi deliciosa.
Ontem foi meu segundo dia de estágio na escola. Acompanho uma classe de 5ª série numa escola no centro de São Paulo. Aliás, ontem peguei outra turma. Foi foda. Fugi na hora do intervalo com o ouvido e a cabeça estourando de tanto barulho e indignação com todo o sistema educacional brasileiro. Uma burocracia de merda, um sistema consolidado que não reproduz, muito menos produz, conhecimento algum. A escola virou um depósito de alunos, com sua estrutura física parecendo uma prisão, grades e telas e câmeras por todos os lados. Cada classe tem uma câmera. Com que sentido?
Os alunos devem permanecer sentados a aula toda e não importa como se fazer isso, mas tem de ser feito. Enfim, foi algo que me fez refletir muito sobre tudo isso e sobre se quererei mesmo seguir essa carreira de professora.
Quando sai da escola o dia lá fora parecia continuar normalmente, a cidade parecia até mais silenciosa. Passei uma loja de móveis antigos, entrei, cheiro de pó, coisas velhas, um piano velho, uma estátua do jornaleiro igual uma que minha avó tinha. Depois fui até o Estadão (lanchonete) e comi uma coxinha. Passei na Biblioteca Mário de Andrade e fiquei lendo aquele texto sobre a Frida. Desenhei na pasta. Estava esperando dar horario de ver as meninas.
Daí passei pela Maria Antonia, pelo Sesc Consolação pra usar o banheiro e fui pela General Jardim encontrar o barzinho que eu tinha combinado de ir com Aline, Julia e Andrea, um bar bem no centro, chamado Xangô ( a cerveja é em dobro nas quartas-feiras). Cheguei lá e estava Aline e Gisele numa mesa com vááárias meninas que nunca vi na vida. Julia e Andrea acabaram não indo.
Conhecemos alguns estrangeiros, um italiano que é de Bologna, onde tem a universidade mais antiga do mundo, com 1000 anos, e de onde vem o molho a bolognesa, que na verdade lá eles dão outro nome que eu esqueci. Também não sei o nome dele, mas é um italiano muito fofo, super simpático, disse que está de intercâmbio na Argentina estudando alguma coisa sobre engenharia civil na favelas da Buenos Aires e que cheggou segunda aqui pra visitar a amiga espanhola que eu também não sei o nome. Ela é uma espanhola muito engraçada, fala enrolado e tem um sotaque legal, loira de olhos azuis, muito bonicta. Está trabalhando no Brasil em alguma galeria de arte. Com a crise na Espanha eles estão vindo pra cá. Acho ótimo. E uma outra espanhola que está há 3 meses no Brasil, uma graça, também da engenharia civil, mora no Edifício Copan com moço lindo que parece modelo e gay, mas não sei. Tinha uma moça incrivelmente charmosa chamada Ane, com cabelos encaracolados, uma boca linda e pirei vendo aquela boca se mexendo falando sobre um debate que estava tendo no bar sobre arte experimental, que na verdade era sobre urbanismo e arte em São Paulo. Daí ela, a moça dos cabelos encaracolados, começou a dizer alguma coisa sobre a praça Roosevelt e sobre arte de rua e sobre a interação das pessoas com a arte que não é preciso entender mas cmpartilhar blablablablabla, como você é bonicta moça, ai ai. Quando cheguei na mesa ela me encarou muito, me olhou assim surpresa, mas. Daí ele voltou pro debate que agora estava num pé sobre tarifa zero e dinheiro público. O papo rolava com os estrangeiros. A espanhola loira contou uma história muito engraçada de quando morava na Espanha, que ela e mais uns amigos quase morreram intoxicados de monóxido de carbono do aquecedor do apartamento. Que eles estavam no apartamento e ela começou a passar mal, o core (ela falava assim: "meu core tum tum tum tum acelerado, oh") acelerou, daí a amiga, chamada Cora, que era médica falou pra elas irem pro hospital, daí pegaram um táxi, e o mal estar já havia passado e chegaram no hospital, fizeram exames o médico desesperado perguntou quem mais estava no apartamento e daí elas ligaram desesperadas e pediram pros dois amigos que já estavam quase dormindo irem correndo pro hospital, daí o médico colocou todos eles num tipo de bolha e dentro de um escafandro pra poder desintoxicar. Foi deveras muito engraçado ela contando com a rapidez da lingua. Foi sensacional. Prostitutas e travestis e mendigos passavam pela rua, tudo muito natural. Também experimentamos tamarindo. (?). Foi lindo. Depois peguei uma carona com o gatão modelo e a espanhola que moram no Copan, que na verdade é do lado do bar e o ponto é na frente do prédio. Mandei uma mensagem pra gatinha-de-beijo-gostoso e talvez eu a veja semana que vem, ela é uma malandra e beija divinamente. Vim cantando no ônibus. Cheguei em casa cansada, morrendo de fome, comi miojo, que delícia, tomei aquele banho relaxante, dormi como se dorme nas nuvens. Acordei tarde, matei aula, cheguei atrasada no trabalho e não fiquei na minha sala porque um gato morreu no vão entre as paredes e o cheiro de creolina era muito forte.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

o que dizer das criaturas
que amam por
uma sede infinita de amar
com suas mãos áridas
e seus olhos secos de poeira
por que amamos?
o que amamos?
em nossos corpos há
marcas do amor que nos atinge
algumas feridas
a paixão que queima o pescoço
o pulmão
a saudade de se doer eterno
aquilo que pesa
e fica balançando para o resto da vida
aquilo que nunca foi dito
aquilo que se diz
mas fica no ar
oscilando na brisa da manhã
no dia nublado
na luz do sol
no cheiro de esgoto
e enjoativo de perfume

quem nos diz o que amar?
se sabia que doeria
e continua doendo
mesmo desamando
todos temem o amor
e ninguém nunca deixou de amar

que com ele vem a febre
e os encantos
os encontros
os desencontros
a saudade
o fim
o eterno

- oh, meu deus

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

era a maldita TPM

risos

domingo, 21 de outubro de 2012

daí você abre um pen drive antigo
e encontra fotos antigas
daquele antigo que você era
e vê ela também
vocês duas juntas
em preto e branco
colorido
vermelho
e dá uma saudade
imeeeeeeensa
você fica quietinha
assim, soluçando baixinho
o que há de se fazer, não?
você decide não escrever mais
sobre isso
mas, como sempre,
a ironia da vida
te pega de supresa.
o que há de se fazer também?

há coisas que ficam
e outras que vão

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

momentos de libertação
surreal primitivo natural
outras portas que se abrem
percepções
coloridas
é um explodir aqui dentro

é voar por dentro
pra poder voar por fora

e então sou mais do que fui ontem
continuo alargando
os olhos os sorrisos
e a vida

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ânsia

Abro a fechadura da porta e
é você querendo me contar algo
eu sei pelo seu ar pesado.

Não quero saber o que é
e você insiste com os olhos,
insisto que não.
Desde quando? Por que?

Por dentro desconstruo minha vida
que, por um fio ínfimo,
está enroscada na sua.

Então você me fala
e da sua boca grita um
silêncio agudo
que de mudo me dói.

A noite termina,
o silêncio segue.
Está vazio aqui dentro.
Já é tarde,
vamos jantar.


[são paulo- 13 de outubro de 2012. sábado
Cássia, Zola e Bianco]

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

quando compartilhamos
abrimos outras portas

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"(...) Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer."




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

tem dias que as palavras não dizem nada
ou sou eu que não tenho nada a dizer

mas às vezes somos solitários demais
e ficar sozinho é engolir todos os pensamentos
e entupi-los com papel higiênico
igual se tampa o nariz escorrendo

milhares de pessoas e
ninguém se encontra
são poucos os que cruzam os olhares
e ficam
ou a todo instante ficamos cruzados no
olhar de alguém

as mãos se soltam
os pés pegam outros caminhos
de poeira ou de mato
asfalto sujo
o pé cansado
os pés se vão
 como se vai um cabelo se soltando da cabeça
com o vento
com o passar da mão
acariciando

milhares de pessoas e apenas uma
que te faça um espanto
apenas uma outra que dê um sorriso de leve com a boca
quase imperceptível sereno
existente no pingo de açúcar
do café da tarde
que se limpa com a ponta da língua

são as faíscas de viver
que te levam a cada segundo
andar nas nuvens
voar com os pássaros
se aconchegar na blusa gostosa de frio

e a lua está sempre lá
marota
perversa
iluminando as milhares de pessoas
que se trancam nos seus quartos mesquinhos
e escrevem sem pestanjar sua dor
e sua delícia

milhares de pessoas tomando banho
deixando escorregar o sabonete por entre as axilas
e os seios e os pêlos
milhares de pessoas já dormindo
sem sonhos ou pesadelos
apenas dormem
um sono cansado do calor da tarde
do sol
e da neblina que
constam num dia inteiro

a gente oscila com o tempo
a gente se quebra em pedaços
e se reconstrói outro
com cacos que nem eram seus
e estavam no chão ao meio das cinzas
de cigarros alheios
em meio a folhas secas e pisadas
em meio a insetos esmagados
em meio a poeira seca
com lama e cuspe e quinquilharias
com suor e outros cacos que
esqueceram de varrer

a ponta da linha
é grande demais para entrar
no buraco da agulha
recontorce revira
molha na língua
e entra

a cada instante estamos cruzados no olhar de alguém
que também se cruza no meu
e vai



pirando na Maria Martins

domingo, 7 de outubro de 2012

desabar água
pra lavar o que tem que limpar



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Declaração Imortal do Amor e sua Transcendentalidade Apassarinhada ou Canto de Libertação

 "Em que tronco encontro talhado o meu nome e o teu?"

você me virou uma espécie de Amor intocável
que se dá no mais puro do vermelho do coração
um Amor inventado
por mim
e por você
construimos isso juntas
e agora não tem como destruí-lo
já não me importa o resto de tudo
em algum lugar longe
nos pertencemos
ou a Ideia de nos pertencer
mas não nos somos

te guardo sempre
com todo o carinho e amor
do mundo e dos pássaros
e dos leões e das borboletas
e nada espero
e sei que você também não

mas que apenas sentimos

e digo isso com uma serenidade
leve igual asa de borboleta
frágil e sutil
digo isso com uma calma
de balançar de rede
esperando a brisa refrescar o suor do rosto
num fim de tarde manso

digo isso feliz

digo isso sorrindo
por podermos mudar
e sermos melhores
e continuarmos sorrindo


e continuamos sorrindo
bailando no canto dos pássaros
voando

terça-feira, 2 de outubro de 2012

tchubirubiruá

Eu estava pensando sobre o nome do blog: Bolhas de Canudo. E isso me remete a uma coisa absurdamente maravilhosa e simples, uma felicidade momentanea, única e rica. Bolhas de sabão no canudo, não é uma coisa linda? Bolhas coloridas flutuando ao seu redor e de repente cai, de leve, no nariz e estoura
iluminando o ar com suas gotículas cheias de cores e segredos. Bolhas bolhas bolhas bolhas. Devo me restaurar.
Cores bolhas e canudos coloridos
mas sem engolir o sabão
a vida é essa
e é agora