sexta-feira, 6 de junho de 2008

Aniversariando blog

6 de Junho de 2007
6 de Junho de 2008
Há um ano eu começava com minhas distorções psicológicas literárias. Como passa rápido,meus irmãos,meus companheiros invisíveis leitores medíocres.
É esse o espaço onde tudo de mais interno de mim atua. Vive...absolutamente. Eu sou isso,eu sinto tudo e me absorvo e vomito num piscar de olhos todo esses doze meses. Essa trajetória que aqui é realmente distorcida surreal. Por uma lado é muito gratificante,por outro,totalmente insano e fiel. Fui fiel a mim,a meus conceitos e pensamentos. Fui rebelde sem causa,fui romântica sensível e absoluta no sentido mais literário da palavra.Coito,idealização,sofrimento... quem sabe nacionalismo foi deixado um pouco de lado. Não fui senão uma medíocre e infame escritora ( não me cabe esse título de jeito de nenhum,por razões óbvias) que através de mim mesma me libertei de meus fantasmas dóceis e roedores. Porque no final de tudo,eu sabia que eu mesma me corroía...e corroía mesmo,não nego,não tardo,fiz-me mal com meus próprios olhos e pensamentos,julguei-me ridícula muitas vezes,criei uma auto relação que não há como escapar. Repito: meus conceitos são os meus mesmo,a mesma merda de conservadorismo e saudosismo inútil,mas tive que aceitar. Tive que sofrer e sorrir como nunca antes sofrido e sorrido. Mudei, claro que mudei.Um ano,meus senhores da tribuna. Vivi tão mórbida e intensa durante todo esse tempo. Um incrível processo,posso dizer. Sofri e escrevi,como se sofrer e escrever vivessem inseparáveis,como se escrever fosse sinônimo de sofrer.Aliás,vida é redundância de sofrimento. O blog não foi senão um bode expiatório tão acolhedor como aquele leite quente num dia chuvoso e gripado.
- Eu só tinha dezessete anos. Recente dezessete anos. Agora,recente dezoito. Uma criança embalada pelo choro e desamparo.
Uma mulher em pura essência de descoberta. Cássia em metamorfose.
Daqui,logo será dois,três,oito anos,nove décadas...e ele sobreviverá? Eu sobreviverei? E minhas palavras? Inúteis? Promiscuas? Ridículas,de facto,mas...indignas?
Oh,por favor,não me caluniem. É só um aniversário. É só minha pequena vida dentre bilhares de outras e mais outras ainda não registradas,entre outras da coluna funerária. Entre palavras em papéis,em cartas cheirosas,em correntinhas enferrujadas,em perfumes e bocas.
Porque apesar de tudo,isso foi tão somente meu como de qualquer outra pessoa.
Quem nunca chorou em baixo do chuveiro? Quem nunca soluçou em prantos amorosos? E o valor? E a vida? Perde-se tudo mesmo.Embala-se tudo numa caixinha minúscula.Seus sentimentos,feito um leite condensado,comprimem-se em latinhas de designe mal feito.
Um ano.Julguei-me infeliz,insensata,criança,infeliz,bêbada,amante de vinho,péssima escritora,preguiçosa,egoísta,absolutamente egoísta,mas não fui senão eu mesma no meu mais íntimo desejo de entender-me. E era em palavras que me eu ía me desenhando,que eu ía e vou me compondo feito notas musicais numa partitura amarelada. Desconstruo-me.
Egoísta. Amante.
Amante... às pessoas que passaram por mim,que eu passei por elas,que passarão,que me abraçarão,que me abraçaram,choraram,ouviram meu choro,minhas palavras,meu sorriso,aquelas que verei no ponto de ônibus,aquelas que ainda não conheço e tenho sede de conhecê-las e principalmente àquelas que me farão escrever sobre elas.Sobre elas em mim.
Porque é em mim que tudo reflete como num espelho captadando imagens e guardando-as.
Àqueles que apesar de tudo,fazem parte da minha mera e evoluída imaginação.
Congratulações!

Um comentário:

OUTROLUIZ disse...

malaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
como que eu faço para colocar o endereço do teu blog no meu?
bjuzzzzzzzzzzzzzzzzz