sábado, 23 de maio de 2009

De palavras... faço. Ou não.

Um gosto de caramelo na boca. O prato refletindo alguns raios solares. Refratando. A colher com restos de pudim e saliva. Estou olhando agora para eles, e a única coisa que passa na minha cabeça é que a gente não consegue nem transmitir uma luz sequer que brilhe os olhos alheios.
Muito belo, mas segue em frente.

Nem tudo são cabelos... mas o seus são de me enlaçar.
Todo meu amor agora parece afunilar-se em cantos e cantos épicos, onde a musa da ilha é você mesma, em trajes gregos e poetas inspirando, que me acordam num som de harpa e mão quente nas costas.
Eu queria resumir o que eu sinto por você, não sei se é amor de facto, porque ninguém nunca sabe se ama, mas é sempre esse desconcerto em mil partes, os membros pra lá, um olho pra cá, as bocas juntas... e se membros despedaçados são amor, meu bem, eu preciso urgente de um super bonder.
Tudo virou um meio centro entre dois lados, porque eu adoro reforçar as idéias. Mas as idéias andam juntas, voam pela mente, não temos conhecimento delas, mas elas tem conhecimento da gente...têm vida própria, nem eu, inteira, possuo a minha vida. Mas elas possuem muitas vidas, muitas almas, como um ser incógnito que se sabem por si mesmos. Não são duendes nem elfos, cá pra mim, não acredito muito nisso. Muito... porque pouco, creio que eu acredite. Aliás, é sempre tudo fantasia, o que penso, o que escrevo, o que devoro. Só não sou fantasia quando... é, eu sou inteira fantasia.
Mas deixa eu falar, mesmo querendo escrever um livro, eu to me resumindo em palavras. Mas não pense que eu sou meia dúzia de palavrinhas. Quem sabe uma. Ou uma enciclopédia. Ou nada. Nada.

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