terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um borro em mim. Caí e fiquei.

Eu não tenho mais noção alguma de tempo e espaço. Perdi a noção de futuro, do que fazer, o que seguir,que caminho tomar. Mais jogada do que eu já era. Mais ao chão do que formiga morta.
E aí, me pergunto: ' O que Cássia,o que é você nesse mundo? ' " Qual o meu papel nessa marmelada toda? ' . Porque quanto mais você corre,mais você tropeça. Mas eu tropeço mesmo caída. Fico estática como uma múmia.
Preciso de forças para continuar. Aliás,preciso,além de tudo de sabedoria. De planos,metas e caminhos objetivos,que é o que eu nunca tive. Resumindo: uma disciplina.
Chega uma hora em que não dá mais para ser tudo ' ao Deus dará ' . ' Que seja o que Deus quiser ' ou, não tenho um objetivo fixo. Okay,mesmo se eu tivesse, e eu até tenho, mas... o que fazer?
É uma luta constante entre eu & eu e eu & sociedade. Como disse alguém: ' É , não adianta, a gente tem que entrar no sistema ' . Resistir pra quê? Cadê nossos sonhos que nos movem? Disso estou,sinceramente cheia. O que não me falta são sonhos. Mas eles não me trazem um caminho concreto. E é isso que me deixa mais inútil, mais decepcionada comigo mesma. Chega uma hora que não é tão legal não saber o que fazer da vida. Aliás,não saber o que vai ser. Fazer, eu quero fazer muita coisa. E daí ? ' Vai lá e faça ' - uma voz interior me instiga . Mas quem sou eu dentro de um todo? Adquirir conceitos. E segui-los?
Eu caí feio. E esse tombo é pra me fazer continuar. Nada é certo. E se eu venci ? Vencer o que? Quando? Nem tudo na vida são troféus. E a maioria,creio eu, são pontapés e decepções. Aquela velha história de estar sempre em avaliação. Um julgamento constante que não sabemos onde dará. E se soubéssemos?
Sei lá. Tudo me parece um borrão de fumaça e as pessoas mais tristes do que parecem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Incrível como as vezes você tira textos da minha cabeça.
Entendo cada linha do que você escreve... Hoje não sei se ponho minha melhor roupa, escuto música pop e saio por aí feliz, ou coloco minha música mais depressiva e me escondo embaixo da cama.

Mas como diria minha tia-avó: tudo na vida passa.
Acho que usar a última energia pra quebrar a inércia e fazer movimento, ajuda o tempo passar mais de pressa. ;)

Beijos, linda