20 de outubro de 2008.
Um infantil encantador. Um rostinho belo e calmo.
Só o grito. Grito de desespero.
Segurou a minha mão.
Sugurei a sua mão.
Seguramo-nos.
Segurar.
Cego
Cego
Segurar
Seguramo-nos.
Segurei a sua mão
Segurou a minha mão
Não mais o grito desesperado.
- Arani -
Deixai-me contar que lá do sul veio um vento soprando e soprando e
caiu em minhas mãos pequenas como se fosse de um bebê.As minhas mãos.
E adormeceu durante segundos. Disse-me palavras que não se segura na mão,mas se guarda pra sempre,na mente,na saudade,no desconhecido quase conhecido de poucas horas.
Era uma criança. Mal falava. Olhava-me com olhos brilhantes e eu,em plena ternura,
agarrava-me aos meus olhos que se agarravam àqueles.
Lá do sul daqui do interior.
O que acontece é que depois,de anos e anos,crescemos .E crescemos.
Lembranças.
Não quero crescer,mas vou crescer. As minhas mãozinhas de bebê crescerão.
Os olhinhos ...
As mãozinhas...
E aí vamos ter crescido,crescido,crescido.
Anos e anos e anos.Oito anos,dez anos.
E eu vouuuuuu visitar meu passado.
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